O atacante Raphinha saiu de campo incomodado com o empate do Brasil por 1 a 1 com o Uruguai. Afirmou que a Seleção Brasileira “jogou pra c…” e que “o futebol pune a gente por algum motivo”. Acrescentou que as vaias ouvidas na Arena Fonte Nova foram motivadas pelo resultado final, e não pelo que foi o jogo.
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➡️ Raphinha responde sobre vaias à Seleção Brasileira: ‘A gente jogou muita bola’
Dorival Júnior fez leitura semelhante na entrevista coletiva que se seguiu ao jogo. E repetiu uma análise que se tornou corriqueira, que ouvimos nas convocações, nas entrevistas pré-jogo e também naquelas depois das partidas. “Estamos evoluindo”, insiste o treinador. É certo que Dorival realmente vê essa evolução, porque ele é um bom treinador e um sujeito íntegro. Não diria isso tantas e tantas vezes se não estivesse convicto dessa evolução.
O problema é que a Seleção Brasileira disputa as Eliminatórias para a Copa do Mundo, um torneio qualificatório que tem apenas 18 jogos, e não uma competição de 38 como qualquer grande liga de futebol de clubes mundo afora. Por isso, é imperioso que o período de evolução seja mais curto. E não está sendo.
Com Dorival, Seleção subiu uma posição na tabela
Dorival Júnior pegou a Seleção Brasileira na sexta colocação das Eliminatórias e encerra o ano entregando a equipe no quinto lugar, apenas uma posição à frente. Em outras palavras, o Brasil gastou seis partidas para subir um único posto na tabela. Com dois terços do torneio qualificatório já disputados, a Seleção está mais distante da liderança do que da zona dos excluídos do Mundial. Que evolução é essa?
Claro que o treinador se refere à consolidação de um time. Tanto que, após o empate com o Uruguai, Dorival demonstrou algum incômodo com o fato de estar sendo sempre cobrado pelas vitórias que não vêm. “No Brasil, nós somos resultadistas, essa é a realidade”, lamentou o técnico na Fonte Nova.
E é verdade, o torcedor brasileiro é movido por resultados. O problema é que a tabela de classificação também é.