O caminho da Seleção Brasileira para a virada por 3 a 1 sobre a Venezuela passou pelos pés de Raphinha. Presente nas jogadas dos três gols, o jogador de 24 anos não só trouxe o brio que a equipe canarinha precisava para sair da mesmice, como também chegou no "timing" exato ao radar de Tite.
Ao anunciar os convocados para a atual Data Fifa, o treinador não escondeu que "a disputa do meio para frente está em aberto". Entrar em uma partida na qual a Seleção estava atada e conseguir achar brechas é um passo emblemático em um setor no qual o técnico quer voltar suas atenções.
Lançado no lugar de Everton Ribeiro, Raphinha não se omitiu ao buscar as jogadas pela direita. Impetuoso, deu trabalho a Ferraresi e Óscar González e foi incansável ao buscar lançamentos para Gabigol e Gabriel Jesus.
- O Tite pediu para que eu fizesse aquilo que eu faço no Leeds, aquilo que me trouxe para a Seleção. Acredito que não desapontei nem ele, nem meus companheiros e nem o torcedor brasileiro - declarou, na zona mista virtual.
>Veja a classificação das Eliminatórias da Copa do Mundo!
Nos caminhos (bastante) tortuosos que a Seleção Brasileira tinha em uma partida fraca coletivamente, o atacante cobrou com precisão o escanteio no qual Marquinhos concluiu para o gol.
O ímpeto do jogador do Leeds também foi crucial para conduzir o Brasil à virada. Perspicaz, Raphinha foi até o meio e serviu para Vinicius Júnior finalizar. A jogada terminou no pênalti convertido por Gabigol.
Sua reta final ainda trouxe uma capacidade de se entrosar bem com os companheiros, tanto ao avançar até a linha de fundo após receber passe de Emerson quanto ao cruzar para que Antony balançasse a rede.
- Significa muita coisa essa atuação. Claro que gosto muito do gol, mas quando consigo fazer assistência para um companheiro meu fico muito feliz, é como se estivesse fazendo um gol. Fico feliz pela partida, pelo que consegui fazer no campo e com certeza pela vitória - disse.
O desempenho já trouxe grandes esperanças para o atleta em relação ao jogo com a Colômbia.
- É sempre bom fazer um bom jogo e colocar a responsabilidade para cima do treinador. Respeitando meus companheiros, é claro, que é o Everton do outro lado. Acredito que é uma dúvida boa para ele (Tite), mas estou aí para mostrar meu trabalho. Agora, é com ele - disse.
Alento da equipe na partida com a lanterna Venezuela, o atacante agora tem a missão de mostrar fôlego para manter uma regularidade digna de encarar adversários bem mais fortes para se firmar entre os cotados de Tite.
O Brasil encara a Colômbia no domingo (10), às 18h (de Brasília), em Barranquilla.