Tetra 25 anos: Branco brinca e diz que Romário ‘não seria senador’ se desviasse a bola contra Holanda

Lateral marcou o gol da classificação, em uma potente falta, que contou com uma esquiva histórica do Baixinho. Brasil venceu a Holanda e garantiu a classificação para a semifinal

imagem cameraBranco foi decisivo contra a Holanda (Foto: Reprodução)
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Lance!
Rio de Janeiro (BRA)
Dia 09/07/2019
14:02
Atualizado em 15/07/2019
07:05
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Brasil e Holanda, nas quartas de final, foi considerado por muitos o melhor jogo da Copa. A partida contou com diversos momentos icônicos: a classe de Romário no primeiro gol, a comemoração "embala neném" de Bebeto, o empate holandês e o gol da vitória, na falta potente de Branco, que contou com uma esquiva primordial do Baixinho. O ex-lateral conversou com o LANCE! sobre esse jogo histórico, ressaltou a importância do gol, relembrou a trajetória na competição e revelou o que iria acontecer se Romário desviasse aquela bola decisiva.

- Ele não seria senador hoje, com certeza (se Romário tivesse desviado) (risos). A gente ia para a prorrogação, a Holanda tinha crescido, nós caímos (de produção), eles tomaram conta do jogo, iria para a prorrogação... Seria complicadíssimo. Graças a Deus não foi, sorte que eu fiz o gol.

O momento da esquiva do Baixinho (Foto: Reprodução)

EXPULSÃO DE LEONARDO
Branco não tinha começado como titular na Copa do Mundo até então. Nas oitavas, Leonardo foi expulso, após violenta cotovelada em Tab Ramos, na vitória, por 1 a 0, sobre os Estados Unidos. Com isso, o lateral virou a opção número 1 de Parreira. Recuperado de lesão, Branco assumiu a posição, fez bonito e ressaltou que a experiência pesou em sua escalação.

- Foi minha terceira Copa, tinha muita experiência. Isso pesa muito, no sentido de jogar momentos decisivos. O Léo, infelizmente, deu aquela cotovelada, não era o perfil dele. E eu tinha me recuperado da minha contusão, meu nervo ciático estava inflamado e estava pronto. Graças a Deus fui premiado: primeiro, em voltar a jogar; segundo, por fazer um gol decisivo.

Leonardo foi expulso nas oitavas (Foto: Reprodução)

A PARTIDA
O primeiro tempo terminou sem gols. A Holanda contava com grandes jogadores, como Ronald Koeman, Aron Winter, Marc Overmars e Dennis Bergkamp. Na segunda etapa, Romário abriu o placar, com belo passe de Bebeto, que foi o autor do segundo gol, após deixar o goleiro Goey no chão. Bergkamp diminuiu e Winter empatou, aos 21 minutos da segunda etapa. Faltando nove minutos para o fim, Branco virou.

- Foi o melhor jogo da Copa. A Holanda sempre deu muita dificuldade para a gente, tanto é que eles têm três vitórias em Copa e nós duas (no retrospecto entre as equipes). Era quartas de final... De 2 a 0 para 2 a 2, aquele gol foi importante em todos os sentidos. Primeiro, pela vitória. Segundo, por embalar a Seleção para chegar ao título.

Branco foi titular até à final (Foto: Reprodução)

INFLUÊNCIA NO PENTA
Se o gol de Branco embalou a Seleção ao título, o Tetra embalou o Brasil no Penta. Branco também ressaltou que acabar com o jejum de 24 anos sem títulos mundiais foi de suma importância para abrir caminho para gerações futuras e para a conquista posterior em 2002.

- Era uma pressão muito grande, A gente soube lidar.. Tanto é que a gente ganhou em 94, 98 fomos à final e 2002 ganhamos de novo. Aquele título ajudou a tirar um peso das costas, emocionalmente foi muito importante para a Seleção chegar ao pentacampeonato posteriormente - finalizou.

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