Sem conseguir praticamente tocar na bola no primeiro tempo, e substituído aos 11 da etapa final no empate por 1 a 1 entre Argentina e Brasil, nesta sexta-feira, em Buenos Aires (ARG), pelas Eliminatórias da Copa de 2018, o atacante Ricardo Oliveira criticou a postura da Seleção nos 45 minutos iniciais.
- Devido à nossa proposta, a bola não chegou tanto. Respeitamos até demais a Argentina. Não conseguíamos pressionar, fomos para trás para nos defender e não conseguimos marcar bem. Sofremos aquela pressão do primeiro tempo, foi muito abaixo daquilo que podemos produzir - disse o atacante do Santos, que foi titular pela segunda vez consecutiva com Dunga - no duelo anterior, ele marcou na vitória por 3 a 1 sobre a Venezuela.
Dois minutos após a entrada de Douglas, os brasileiros conseguiram o empate, com participação do atacante do Bayern de Munique (ALE), que cabeceou a bola na trave. No rebote, Lucas Lima aproveitou e chutou cruzado para igualar o placar.
- A gente tem auto-crítica, fazemos as avaliações com serenidade. É sabido para os atletas que deixamos muito a desejar no primeiro tempo. Não conseguimos marcar, pressionar, nem criar. Quando não consegue criar, o centroavante não participa, não consegue ter oportunidades. O importante foi que conseguimos ajustar isso no segundo tempo. Adiantamos a marcação, diminuímos espaço e passamos a ter espaço para jogar - completou.
A avaliação de que a Seleção melhorou após a entrada de Douglas Costa foi consenso em praticamente todas as análises da partida. Resta saber, agora, se Dunga manterá Ricardo na equipe ou optará pela formação do segundo tempo, com Douglas e Willian abertos e Neymar centralizado, com mobilidade. Como o treinador não tem uma formação definitiva do ataque, a mudança pode ocorrer no duelo desta terça contra o Peru, na Arena Fonte Nova, em Salvador.
Questionado se deveria ir para a reserva, porque o Brasil melhorou sem ele, o centroavante voltou a cutucar a postura defensiva.
- A avaliação que você faz é uma responsabilidade sua (do jornalista). Dentro do que nós fizemos no segundo tempo, foi muito melhor, porque criamos mais. Quando você cria mais, as oportunidades aparecem - ressaltou.
Momentos antes, o treinador da Seleção comentou sobre a melhora por conta da entrada de Douglas Costa, que tem sido destaque da equipe de Pep Guardiola.
- A bola não estava chegando em nosso ataque, não conseguíamos manter a bola na frente. Tentamos povoar o meio de campo, aproveitando a velocidade do Douglas Costa, tentando a infiltração. Até aquele momento, nós estávamos tendo dificuldade. Precisávamos de um pouco mais de mobilidade e tentamos fazer essa movimentação para não dar uma referência aos dois zagueiros. Por isso, colocamos um jogador mais dinâmico - explicou, em entrevista coletiva no Monumental de Núñez.