Daniel Alves tem contrato com o Paris Saint-Germain (FRA) somente até o fim do mês e ainda não sabe onde estará na próxima temporada europeia. Escolhido para dar entrevista coletiva neste domingo, antes do primeiro treino da Seleção Brasileira em Salvador, cidade que receberá a partida contra a Venezuela, terça-feira, pela Copa América, o lateral-direito de 36 anos disse estar focado apenas em conquistar esse título. A única coisa que ele adiantou é que voltar ao Brasil não está nos planos no momento.
- Estou na Seleção e prefiro centrar-me no compromisso que temos agora. Foi um ano bastante duro, tive que me reinventar muito, foi muita batalha da minha parte para estar aqui e não quero estragar esse momento pensando em algo fora daqui. Sei o quanto é sofrido não poder fazer nada. Agora que posso fazer, vou aportar meu máximo aqui. Temos uma grande missão e não pode haver distração. A partir daí, a gente vê. Só posso dizer que não tenho medo de desafios, estou preparado para qualquer que seja - disse o baiano de Juazeiro, no hotel em que a delegação brasileira está hospedada desde a noite de sábado.
Ao citar as dificuldades que enfrentou para estar com a Seleção Brasileira, Daniel Alves relembra que ficou fora da Copa do Mundo da Rússia devido a uma ruptura de ligamento no joelho direito e que foi cortado dos amistosos contra Panamá e República Tcheca, em março, devido a um problema de menor gravidade no joelho esquerdo. Foram 14 meses ausente da equipe de Tite, da qual ele agora é o capitão.
Já no fim da entrevista coletiva, um repórter citou o desejo já manifestado pelo jogador de defender novamente o Bahia, clube em que iniciou sua trajetória profissional, e o São Paulo, seu time de coração. O jornalista citou que o pai de Daniel Alves torce para a equipe do Morumbi e foi corrigido por ele, que disse que voltar ao Brasil não é um plano para agora.
- Eu nunca digo "não" às coisas por que você não sabe o que a vida prepara. O São Paulo é meu time, o meu pai torce para o Palmeiras, não pode misturar isso senão dá confusão em casa. Torci bastante pelo São Paulo no tempo do Telê, que Deus o tenha. E o Bahia, pelo que construí aqui, seria uma forma de agradecimento voltar para encerrar. Mas não vai ser uma temporada, não. Já falei para o pessoal do Bahia que o dia em que voltar aqui vai ser um mês, dois meses, vai demorar ainda (risos). Pretendo outras coisas na minha vida, tenho outros objetivos, não digo maiores, para não pensarem que estou menosprezando os clubes que gosto. Mas acredito que tenho desafios que quero viver e mostrar para outros atletas que eles é que têm que decidir quando começa e quando acaba. Eu que vou decidir, não vai ser o futebol que vai me mandar para casa.