A falta de efetividade e os espaços defensivos dados à Venezuela no fim da partida foram os motivos elencados pelo técnico Fernando Diniz para que o Brasil tropeçasse e ficasse somente no empate nesta quinta-feira (12), na Arena Pantanal, em Cuiabá (MT), pela terceira rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.
O Brasil saiu vencendo com gol marcado pelo zagueiro Gabriel Magalhães, de cabeça, após escanteio cobrado por Neymar, mas cedeu o empate com um golaço de puxeta marcado por Bello, da seleção venezuelana.
O calor e o gramado também foram fatores citados por Fernando Diniz como problemas para a Seleção Brasileira no duelo pelas Eliminatórias.
– Acho que a gente pecou em dois aspectos principais. Não acho que o Brasil jogou mal. Tivemos oportunidade de criar chances e não fizemos. Cedemos os contra-ataques que não deveríamos e no gol da Venezuela falhamos onde não deveríamos.
– Não acho que fizemos uma partida ruim. Terminamos mal algumas jogadas, segundo tempo ficamos espaçados por conta do calor, e os jogadores sentem o calor e alguns momentos de dificuldade do próprio campo.
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Em 19 encontros, foi apenas a segunda vez que a Canarinho não venceu a vinotinto nas Eliminatórias. A primeira foi em 2009, quando a Seleção Brasileira ficou no 0 a 0 contra a Venezuela, no Mato Grosso do Sul. Na ocasião, a Amarelinha já estava classificada para o Mundial que seria realizado no ano seguinte, na África do Sul, e jogava a última rodada do torneio classificatório.
Diniz ressaltou a dificuldade para enfrentar uma equipe com postura defensiva, como foi a Venezuela.
– A gente teve outras oportunidades de fazer gols. A gente teve oportunidades pelos lados e chutes de fora da área. Difícil jogar contra times recuados, como a Venezuela jogou. Com o volume a gente não conseguiu aproveitar as oportunidades. Eles conseguiram aproveitar a chance que tiveram e uma bola na trave em uma jogada de cabeça.
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PRÓXIMO JOGO
O próximo compromisso do Brasil nas Eliminatórias será na terça-feira (17), contra o Uruguai, em Montevidéu. Diferentemente da Venezuela, que jogou fechada, a tendência é que a Celeste proponha o jogo. Porém, Diniz evitou fazer projeções para o duelo seguinte.
– Existe uma tendência do Uruguai ser mais agressivo lá, como o Peru foi diferente da Bolívia. A gente tem que estar preparado para qualquer tipo de situação – pontuou o técnico.
– Não dá para fazer previsão. Existe uma tendência, pelo jeito que o treinador gosta de jogar. Mas isso é uma previsão e a gente precisa estar preparado para todos os cenários possíveis em Montevidéu – concluiu.
Para o compromisso diante dos uruguaios, Diniz terá a baixa do lateral Danilo, que sentiu uma lesão muscular na coxa esquerda e será cortado. Ainda não há definição se um substituto será convocado. Yan Couto foi quem assumiu a função contra a Venezuela.