Dorival explica motivos para substituir Vini Jr em empate da Seleção: ‘Buscar soluções’

Brasil estreou empatando com a Costa Rica na Copa América

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Brasil empatou na estreia da Copa América (Foto: Buda Mendes/Getty Images North America/AFP)

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A substituição de Vini Jr no segundo tempo do empate entre Brasil e Costa Rica causou estranheza entre os torcedores. Em entrevista coletiva, o técnico Dorival Jr explicou os motivos. Para o treinador, o jogador atuou em diversas posições no ataque e o Brasil não teve sucesso.

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Nós colocamos (o Vini Jr) pelo lado, não tivemos sucesso. Colocamos por dentro, também não víamos encontrando um caminho, ele estava muito bem marcado. Nós tínhamos que buscar uma solução, tentando uma mudança. O nosso time estava muito bem postado, ganhando a maioria das jogadas e em razão de ganhar essas segundas bolas. Nós estávamos apresentando um volume de jogo muito bom. Nós tivemos que fazer mudanças em peças. Tentamos várias alternativas, várias situações foram criadas, acabamos não tendo sucesso nas finalizações

— revelou Dorival Jr

Dorival Jr também reconheceu que a Seleção errou nas movimentações e pecou nas finalizações. Em contraponto, destacou pontos positivos.

- Eu acredito que o jogo, dentro de um contexto, foi um jogo bem disputado. Nós tivemos a maior parte do tempo com troca de passes. Perspectivas pelos lados, por dentro, jogamos com aproximação, criamos boas oportunidades. Não fomos felizes nas finalizações, concordo, mas, de um modo geral, eu acho que nós apresentamos coisas bem positivas. Hoje em dia serão assim, nós temos naturalmente que encontramos caminhos e soluções, isso é um fato. E os trabalhos são nesse sentido sempre, para que melhoremos a cada momento. Eu acho que isso está acontecendo, é natural que não aparecendo o resultado positivo, os questionamentos acabam acontecendo, mas eu tenho consciência daquilo que está sendo desenvolvido, daquilo que foi pedido, do volume que nós apresentamos e do trabalho que foi realizado - afirmou o técnico da Seleção Brasileira. E emendou:

- Precisamos de um movimento sujo, movimento de ataque a ultima linha, movimento de dez passes atrás da linha adversária e abertura maior frontal a esse movimento de linha para que possamos facilitar a vida de quem tenha a bola nos pés. Foi a maior dificuldade encontrada. Faltaram alguns movimentos em profundidade e tivemos dificuldade maior. Esse movimento carrega a linha para cima do goleiro e abrem espaços para trabalhar a bola por trás.

A Seleção Brasileira volta a entrar em campo nesta sexta-feira (28) para enfrentar o Paraguai, em partida válida pela 2ª rodada do Grupo D da Copa América. A bola rola às 22h, em Las Vegas.

Brasil x Costa Rica
Seleção teve dificuldade para furar a defesa da Costa Rica (Foto: Patrick T. Fallon/AFP)

🎙️ MAIS RESPOSTAS DE DORIVAL JR:

ANÁLISE DO JOGO
- De um modo geral, a entrada vai muito do momento das partidas, precisamos de preenchimento de área, um homem mais na área, seria Endrick ou Evanilson, eram as opções para trabalhar na área, já que as bolas chegavam naquele miolo. Bolas atravessadas, à meia altura, troca de passes, vinhamos por dentro e por fora, tivemos oportunidades limpas para concluir e não fomos felizes hoje. O ponto forte da equipe adversária é que se comportou bem, definida do início ao fim, mesmo com as chances criadas, se dedicou, marcou com força, as dobras aconteciam em todos os setores. Criamos muitas oportunidades, mas não fomos tão felizes nas definições. Mas o Brasil jogou dentro do que estamos treinando, retomada de bolas rápidas, e ao mesmo tempo o volume apresentado. faltou o detalhe principal.

FALTOU IMPROVISO?
- De um modo geral, isso aconteceu em muitos momentos tivemos o um pra um, rodamos bem a bola, transitamos bem a bola na frente da área, viramos de um lado para o outro mas a dobra de marcação era rápida, é um campo reduzido na vertical e horizontal, isso facilita para quem defende e dificulta para quem ataca, as dobras são rápidas. Vini recebia a bola com dois homens e um terceiro aproximando na linha de cinco, com Raphinha mesma coisa, tentamos com Savinho e tivemos sucesso em muitos momentos, Raphinha também. Faltou detalhe, a definição, a liberadade foi dada. A defesa da equipe costa riquinha estava bem posicionada, trocamos passes em velocidades, buscamos criar. Quando tem balanço rápido de marcação, a dificuldade é maior. Aconteceu e acontecerá em jogos seguintes.

ALGO NÃO TREINADO?
- Movimento sujo de ataque à ultima linha, fundamental um jogador que estique mais, abrem-se espaços e cria-se oportunidades. Perdemos profundidade e precisamos encontrar esse caminho. Foi o que mais trabalhamos nestes 15 ou 20 dias. É natural que na partida o atleta não encontre o espaço para esse movimento. Quando tivemos, duas ou três vezes com Rapnhia, puxava o marcador e atacava a ultima linha, o mesmo com Savinho. Faltou esse trabalho entre os tres zagueiros adversários para termos mais possibilidades de entrarmos por dentro da zaga. Tivemos coisas muitos boa na partida, a retomada de bola foi impressionante em função do trabalho dos nossos armadores, a reação pós perda é fundamental para se reposicionar e atacar. Deixamos de fazer o trabalho principal que seria fundamental para espaçar a linha adversaria.

PARAGUAI
- Mesmo sentimento de se tivéssemos vencido. É ter o controle necessário para envolver o adversário, respeitando o adversário. Assim lutaremos pela classificação. Se o resultado não aconteceu por detalhes, temos de melhorar alguns aspectos, mas apresentamos cosias boas que, melhorados, podem nos ajudar nos próximos jogos.

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