Dunga comenta liderança no grupo e Neymar como capitão da Seleção

Treinador do Brasil afirma que jogador comete os mesmos erros sem a braçadeira, quando atua pelo Barcelona. Para ele, faixa de capitão não muda o comportamento do craque

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O técnico da Seleção Brasileira de futebol, Dunga, foi um dos convidados do programa Bem, Amigos! do SporTV, na noite deste segunda-feira. O comandante brasileiro afirmou que mudanças serão feitas no grupo e não quis falar se Neymar continuará sendo ou não o dono da braçadeira de capitão.

- Os episódios que têm acontecido na Seleção acontecem no Barcelona também. Não é pelo fato da faixa. Achei (inicialmente) que a questão da faixa daria uma maior segurança para ele - maior visibilidade não porque ele já tem -, se sentiria perante os demais um personagem que é importante pela qualidade técnica dele (...). Têm algumas coisas que a gente vai modificar conversando com o Neymar. Mas a forma como ele joga, a forma como dribla, que a gente tanto quer no futebol, acaba levando para esse caminho que tem mais choque (...).

Ainda sobre a faixa de capitão para o Neymar, Dunga afirmou que não muda o jeito do craque, lembrando que no Barcelona ele não é usa a braçadeira e sofre com os mesmo problemas enfrentados com a camisa da Seleção. Segundo o treinador, tudo que envolver Neymar, ganha mais destaque do que o normal.

- Dar ou não dar (a braçadeira) é coisa mais fácil que tem. Já conversamos com Neymar e já conversamos com todos (...). No Barcelona ele não usa a faixa de capitão e acontece o mesmo fator. Então não é a questão da faixa, é que tudo que envolve o Neymar toma amplitude muito maior que as coisas normais. Isso não quer dizer que em alguns momentos ele não tenha se excedido ou errado, e a gente tem conversado para chegar num denominador comum que seja bom para ele, para a Seleção e para o Barcelona, mas principalmente pensando na Seleção e no Neymar.

Treinador da Seleção Brasileira falou da suspensão de Neymar após o jogo contra o Uruguai, em março, pelas eliminatórias. De fora contra o Paraguai, atacante viajou para Santa Catarina, para ir a uma festa, enquantos outros convocados estavam jogando em Assunção.

- A gente tem que entender que Neymar tem 22 anos. Ele tem uma responsabilidade em que as pessoas esperam que vá resolver sozinho, mas ninguém resolve sozinho. Tudo que o Neymar faz toma uma proporção enorme pelas redes sociais e pela mídia. Se fosse em outro momento ele ter sido expulso, teria que ter tudo uma cobrança, mas ele ter ido participar de uma festa ou não...ele é um jovem, lógico que dentro de um comportamento...o que ele compra ou deixa de comprar com dinheiro dele é outra história, e a gente às vezes mistura as coisas. Ele trabalha para gastar naquilo que bem deseja. Lógico que isso para algumas pessoas vai chocar, mas tem jogador, artistas, políticos, jornalistas que fazem o mesmo e não tem a mesma repercussão. A gente tem conversado justamente isso, que ele é uma referência no futebol e tudo que fizer tem que medir as consequências para o bem ou para o mal. Tem que saber conviver com isso também.

Neymar está de fora da Copa América Centenária, que acontece no próximo mês no Estados Unidos. Craque só volta a vestir a camisa da Seleção, aqui no Brasil, para a disputa da Olimpíada, no Rio de Janeiro.

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