Fatos e fotos da Seleção: os altos e baixos de Dunga & cia.

Retrospectiva mostra a temporada agitada que a Seleção Brasileira passou, além da entidade que comanda o futebol do país envolvida em escândalo no caso Fifa

imagem cameraAlexandre Gallo (Foto: Divulgação/CBF)
Dia 20/12/2015
17:21
Atualizado em 27/12/2015
10:59
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A Seleção Brasileira teve um ano turbulento. Afinal, mesmo com alguns pontos positivos ao longo de 2015, a temporada termina com muito mais incertezas. A campanha ruim na Copa América e o futebol apresentado nas Eliminatórias colocaram uma pressão ainda maior no trabalho de Dunga. O escândalo de corrupção que respingou no mais alto escalão da CBF também contribuiu para carregar ainda mais o ambiente.

FEVEREIRO
A CBF anuncia que Alexandre Gallo, que acumulava as funções de coordenador das categorias de base e técnico do time olímpico, deixa o primeiro cargo. A justificativa foi para que focasse mais no time que lutará pela medalha de ouro em 2016. No entanto, o desempenho no Sul-Americano Sub-20 é bastante criticado pelo então presidente da CBF José Maria Marin.

MARÇO
Dunga faz a primeira convocação do ano para os amistosos contra França e Chile. Apesar de fazer algumas alterações por lesões, o Brasil segue 100% sobre o comando do treinador. O triunfo sobre os franceses no Stade de France é muito celebrado. A vitória sobre o Chile, na Inglaterra, aumenta a sequência de resultados positivos do comandante desde que retornou ao cargo.

ABRIL
A Seleção não tem compromissos. Contudo, José Maria Marin deixa o cargo de presidente da CBF. Seu vice, Marco Polo Del Nero, assume o posto. O novo mandatário fala em diálogo e confia no trabalho desenvolvido na Seleção principal e nas categorias de base.


MAIO
É o mês onde a maré muda de vez. Dunga anuncia a lista para a Copa América, mas sofre com baixas. Entre os jogadores, os titulares Danilo e Luiz Gustavo não vão ao Chile. Além disso, Alexandre Gallo deixa a função de treinador do time olímpico. No entanto, o escândalo de corrupção da Fifa, que estourou no fim do mês, causa a prisão de Marin e aponta que Del Nero teria participação em um dos esquemas.

JUNHO
Mês da Copa América. Dentro de campo, a Seleção sofre sua primeira crise sobre o comando de Dunga. Com um futebol aquém do esperado, a equipe brasileira cai para o Paraguai nas quartas de final. O treinador começa a ser questionado pela primeira vez. Thiago Silva sai como um dos vilões e o histórico faz com que o zagueiro do PSG não volte a ser chamado no ano. Além disso, Neymar, por confusão após a derrota contra a Colômbia, é suspenso por quatro jogos. Não bastasse isso, o aspecto fora de campo divide os holofotes. Com medo de prisão, Del Nero não viaja com a delegação para a competição.

AGOSTO

Após a eliminação na Copa América, Dunga chama jogadores para amistosos nos Estados Unidos. Destaque para o retorno de Hulk e ausência de jogadores que atuam na Ásia. Apesar de herdar também o time olímpico, Dunga contou com o auxilio de Rogério Micale para o amistoso do time olímpico diante da França. Del Nero segue sendo cobrado pela ausência em eventos da Fifa e Conmebol.

SETEMBRO
O Brasil vence dois amistosos, com destaque para a atuação na goleada sobre os Estados Unidos. Neymar chega a 46 gols com a camisa verde e amarela e se estabelece entre os principais artilheiros da história. É neste mês também que Dunga anuncia a lista para os dois primeiros jogos nas Eliminatórias diante de Chile e Venezuela.

OUTUBRO
A estreia com derrota para o Chile não é bem digerida. Sem Neymar, que teve a suspensão mantida, Dunga é bastante criticado pelo futebol apresentado na estreia das Eliminatórias. Para o segundo jogo, causa polêmica ao barrar Jefferson, então absoluto no gol, e dá lugar a Alisson. Marcelo e Hulk também perdem a vaga. Dentro de casa e contra um adversário inferior, a Seleção joga melhor e vence a primeira em casa.

NOVEMBRO
A maré parece estar novamente à favor de Dunga. Com Neymar de volta e sem os problemas de lesão, o treinador chama o que tem de melhor. Além disso, a Argentina não conta com seus principais jogadores, incluindo Messi. Mesmo com o rival pressionado pelo início ruim, o Brasil apenas empata em Buenos Aires. Diferente do que aconteceu com Thiago Silva, o comandante defende David Luiz, que foi expulso. Contra o Peru, o treinador volta a fazer modificações e o Brasil termina 2015 com uma atuação consistente. Além disso, está no G4 das Eliminatórias. Del Nero, cada vez mais com a corda no pescoço, apenas vai a Salvador falar com a delegação.

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