De volta ao noticiário por conta de suspeitas de corrupção - desta vez a reboque da prisão do espanhol Sandro Rosell -, Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, tenta viver uma vida de "fazendeiro", já que não se arrisca em sair do Brasil.
Afastado de cargos no futebol desde a renúncia às funções na CBF e na Fifa em março de 2012, Teixeira enfrentou problemas de saúde, mudou-se para o Brasil e agora concentra-se, pelo menos publicamente, em negociar animais. Ele tem uma criação de gado de leite e de elite na famosa Fazenda Santa Rosa, em Piraí, interior do Rio.
O ex-dirigente que esbanjava poder em hotéis de luxo e eventos ligados ao futebol tem, inclusive, foto de bermuda acariciando um cavalo.
Mas Teixeira ainda vive com luxos dignos dos dirigentes mais poderosos do mundo. Andar de helicóptero é algo recorrente, principalmente quando recebe a visita de amigos. Recentemente, ele foi a Angra dos Reis e a São Paulo acompanhando o indiano Lalit Modi. Os jantares sofisticados ainda estão na rotina, já que o padrão de vida não parece ser tão distinto dos tempos de CBF.
Mas a vida de Teixeira não é tão tranquila por causa dos problemas na Justiça. Ele é alvo de investigações nos Estados Unidos, com quem, segundo a Veja, negocia acordo de delação. Teixeira teria participado de esquemas de corrupção na Conmebol e na CBF.
Outra investigação é da Espanha, como desdobramento das atividades suspeitas de lavagem de dinheiro de Sandro Rosell, preso nesta terça-feira e amigo de longa data de Teixeira.
A CPI do Futebol também levantou dados sobre Teixeira, dando conta do recebimento de R$ 13 milhões vindos de Rosell por ocasião da renovação de contrato com a empresa ISE pelos direitos comerciais dos amistosos da Seleção, mas não houve indiciamento.