A Seleção Brasileira passou fácil por Honduras. Na tarde desta quarta-feira, a equipe de Rogério Micale fez 6 a 0 e garantiu sua classificação à final do torneio olímpico. Após o resultado, especialistas do LANCE!, ressaltaram o placar como um feito necessário para dar confiança à equipe, mas alertaram sobre a fragilidade do adversário. Ainda, destacaram que o Brasil segue precisando evoluir em muitos aspectos. Confira as análises:
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO - Colunista do LANCE!
O Brasil hoje sobrou em campo, tanto que em 15 segundos de jogo já vencia por 1 a 0. Se tivesse forçado mais teria metido dez em Honduras. Depois de dois jogos bem atrapalhados, em que o time não demonstrou conjunto, a Seleção se encontrou. Neymar passou a criar jogadas e os atletas, irritados com as críticas da torcida e da imprensa, que passaram a idolatrar as garotas do futebol feminino e a atacar as estrelas do masculino, começaram a atuar um para o outro. Como uma equipe deve ser.
A Seleção é infinitamente melhor que as demais e era sim franca favorita ao título. Continua sendo. Acho a defesa, apesar de não ter sofrido um gol em cinco jogos, limitada. Mas tem sido pouco exigida. É o ponto fraco do Brasil para a final, mas dessa vez temos tudo para conseguir o ouro.
O torneio olímpico tinha equipes bem limitadas, com uma ou outra exceção, e o Brasil, com estrelas como Neymar, Renato Augusto e a dupla de 'Gabrieis', só não vence a competição se não quiser. Não porque Rogério Micale seja isso ou aquilo, pois não é, é um técnico limitado, mas porque estamos sobrando na Olimpíada.
E isso não tem nada a ver com o fato de irmos ou não para a Copa de 2018. Nem com os problemas de gestão da CBF, cujo presidente deveria ter saído há tempos. O tão sonhado ouro não vai apagar os problemas do futebol brasileiro. Que seguem graves.
BRUNO CASSUCCI - Repórter do LANCE!
Empolgue-se, mas nem tanto: A Seleção fez sua grande atuação na Olimpíada nesta quarta-feira. Tudo o que Micale pregou desde o início da preparação para o torneio deu certo. Aproximações, triangulações, atacantes mudando de posição, Neymar decidindo no mano a mano... Enfim, o Brasil deu motivo para o torcedor se empolgar e confiar que o inédito ouro olímpico virá.
Contudo, a análise da atuação só é coerente quando feitas algumas ponderações. As duas principais são: o gol no início, com 15 segundos, mudou a história do jogo; e a Seleção enfrentou uma equipe frágil defensivamente, que deu espaços para trocas de passes e infiltrações. Certamente na final não será assim..