Em duas linhas, a CBF reafirmou na última quinta-feira que a comissão técnica da Seleção Brasileira será mantida em caráter permanente. A nota foi uma resposta ao post publicado pelo jornalista Juca Kfouri em seu blog, em que o treinador teria revelado a pessoas próximas que pode deixar o comando do Brasil mesmo que vença o Peru na final da Copa América. O motivo? A insatisfação com o desmanche de sua comissão técnica, com as saídas de Edu Gaspar, Sylvinho e do analista Fernando Lázaro. Desde a eliminação na última Copa do Mundo, Tite recebe o respaldo da CBF. Mas a falta de consistência no desempenho da Seleção e as polêmicas extra-campo, quase todas centradas em Neymar, desgastaram a relação de Tite com o torcedor. A eventual despedida do treinador abriria espaço para Renato Portaluppi, constantemente apontado como sucessor no cargo. Amanhã, em coletiva marcada, Tite certamente será questionado sobre o tema e poderá dar sua versão - ou tergiversar, como costuma fazer sempre que assuntos espinhosos vêm à mesa. De qualquer forma, a decisão está mais nas mãos do treinador do que da entidade. O título no domingo aliviaria a situação para as duas partes e reduziria o impacto de uma possível mudança. Resta saber o que passa pela cabeça de Tite.
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