Na ausência de Neymar, todos os olhos se voltaram para Phillippe Coutinho. Com o vácuo criado, naturalmente projetou-se sobre o jogador do Barcelona a cobrança pelo protagonismo na Copa América. Os dois gols na estreia, contra a Bolívia, pareciam um sinal positivo, mas a frieza da torcida no Morumbi e o golaço de Everton no fim do jogo ofuscaram a atuação do meia. Foi Cebolinha, no fim, quem roubou os holofotes nos jogos seguintes, ganhando com méritos uma vaga no time titular de Tite. Vêm dele os dribles capazes de abrir espaços e tirar a Seleção Brasileira do marasmo que se via até então. Coutinho faz uma Copa América razoável, mas novamente parece distante daquele jogador que era quase insubstituível no Liverpool e que chegou com um grande impacto ao Barcelona. Hoje, jornais espanhóis até debatem a possibilidade de ser usado como moeda de troca para facilitar o retorno de Neymar à Catalunha. Coutinho não é o único no grupo de Tite que não exibe o ímpeto que diferencia os bons jogadores dos realmente decisivos, mas é certamente um daqueles com maior potencial para isso. Falta a ele recuperar o perfil letal que esbanjava com a camisa 10 do Liverpool, algo cada vez mais distante na lembrança da torcida.
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