Cesarino Oliveira, presidente da Federação do Piauí e delegado brasileiro no Congresso da Fifa em Moscou, garante que o coronel Nunes, presidente da CBF, equivocou-se ao votar no Marrocos e não na candidatura de Estados Unidos, Canadá e México para sede do Mundial de 2026, contrariando acordo que a entidade havia feito com a Conmebol. Ele mente. O próprio coronel Nunes, depois, assumiu que não houve engano algum. Que fez a opção em nome da diversificação, já que mexicanos e americanos já sediaram copas anteriormente. Um motivo que, segundo o Blog do Janca, também não é verdadeiro. De fato, quem pediu para que Nunes não votasse nos Estados Unidos foi Marco Polo Del Nero, banido do futebol por suborno e corrupção. O ex-cartola quis desfrutar de uma vingancinha particular: ele culpa os EUA pela operação de maio de 2015, que levou parte da cúpula da Fifa à prisão, incluindo seu antecessor José Maria Marin. Por pouco o próprio Del Nero não seguiu mesmo caminho – só escapou porque pegou às pressas um voo para voltar ao Brasil e nunca mais deixar o país. Sua interferência ilegal no voto brasileiro é mais uma amostra de como são tratados os assuntos relevantes do nosso futebol, onde interesses pessoais valem mais do que compromissos, mais do que o bem coletivo. Prejudique a quem prejudicar.
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