O zagueiro Marquinhos garantiu que está 100% preparado para a final da Copa América, no próximo domingo, no Maracanã. Durante a semifinal, contra a Argentina, o jogador precisou deixar o gramado aos 18 minutos do segundo tempo após sentir uma indisposição. A decisão será neste domingo, contra o Peru. O atleta falou com a imprensa antes do treinamento da Seleção Brasileira na Granja Comary, nesta sexta-feira.
- Já estou bem. A saúde é importante, principalmente para um jogador que usa o corpo como meio de trabalho. No dia do jogo, eu acabei pegando uma virose mesmo e passei o dia no hotel. Muito complicado, com diarreia, vomitando. Ainda consegui jogar um pouco, mas a hora que começou a apertar a situação, com o esforço, acabou piorando um pouco. Tive que sair do jogo. Pós-jogo acabei piorando, tive febre, acabei tendo que ir pra enfermaria do estádio. Consegui tomar soro na veia e já está tudo em ordem hoje - disse.
O zagueiro também demonstrou apoio ao técnico Tite. Para o jogador do Paris Saint-Germain, é importante que o treinador permaneça no cargo pelo menos até a Copa do Mundo de 2022.
- Eu deixo esse voto de confiança para o treinador. É um treinador que vem colhendo bons resultados. Se a gente pega, estatisticamente, as coisas são a favor dele. Ele tem o carinho do grupo, tem a confiança do grupo. É um treinador para se guardar com carinho até a próxima Copa do Mundo. A gente tem que ser forte internamente. Aqui na seleção, a concorrência é grande, não só para os jogadores, mas também para o treinador. Acho que ele é ciente do cargo e a importância que tem na seleção brasileira. Todos sabemos que aqui a gente tem que fazer o nosso melhor - falou.
Depois de ser um dos responsáveis por marcar Lionel Messi, Marquinhos precisará segurar o atacante Paolo Guerrero. A Seleção Brasileira ainda não sofreu gols durante essa Copa América.
- É um jogador que merece uma atenção especial pela qualidade e tudo aquilo que já demonstrou. Tudo aquilo que é capaz de fazer dentro de campo. Eu o conheço bem, treinei com ele algum tempo no Corinthians, já enfrentei algumas vezes com a Seleção também. É um jogador de extrema qualidade e que a gente tem que ter total cuidado durante todo o tempo de jogo porque, no mínimo detalhe que a gente falhar, ele pode resolver uma partida - completou.
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Marcar o Messi com virose
- Não foi fácil não. Principalmente porque ele estava numa noite inspirada. Não só ele como a seleção argentina. Fizeram um grande jogo. Foi bem difícil, mas creio que nossa seleção conseguiu anular bem os ataques da Argentina. É isso que faz uma equipe forte, uma equipe sólida.
Final
A gente vem se preparando bem desde o começo da competição. O time é muito naquilo que quer. Os treinamentos são muito intensos. Creio que essa é a melhor forma de se preparar para uma decisão. No futebol a gente sabe que as coisas são muito rápidas. A gente enfrentou a seleção peruana numa situação e hoje reencontra eles numa situação completamente diferente. A gente tem que saber que tem um grande trabalho para fazer pela frente, que final é sempre um jogo particular, diferente de todos os outros da competição, tem que saber jogar com todos fatores que possam estar ao nosso favor como um incentivo, algo que nos leve para frente. A gente sabe que vai ser um jogo muito difícil, aquele outro passou, já foi. Tivemos um começo de jogo complicado com o Peru, eles tiveram algumas chances para atacar, conseguiram pressionar bem nossa saída de bola, com alguns erros de passe da nossa parte. E quando saíram os gols foi que o jogo clareou um pouco. Só que agora é outro contexto.
Tudo conta numa final. É um jogo atípico. Diferente de tudo aquilo que a gente passou na competição. Então, leva ao fator emocional, tático e técnico. Tem que ser uma junção bem feita de todos esses fatores. São os mínimos detalhes que vão fazer a diferença nesse jogo. A gente tem que estar preparado, errar o mínimo possível. Aquele que errar menos é o que vai ser campeão.
Defesa
A gente está trabalhando para isso. Creio que competições rápidas assim, de mata-mata, a gente sabe o quanto é importante não levar gols. Isso é um fator que dá confiança para o time. Não ter levado gols nessa competição, apesar de uns momentos difíceis, é importante. Ter essa consistência do time, não deixando de exaltar o trabalho de todos, não só da defesa. Quando a gente fala em não tomar gols, não é da boca pra fora, que eles ajudam. Se pegar os lances, todos os jogadores ajudam e isso facilita muito o trabalho lá atrás.
Os nomes e a nossa filosofia de jogo é o que vem influenciando a gente a ter uma boa defesa. Independente dos nomes que estão ali, a gente tem a filosofia. A qualidade dos jogadores conta muito, mas o contexto todo da filosofia do time acaba levando a esse objetivo que a gente tem de não levar gols.
Para zagueiros, goleiros e laterais, essa não é o primeiro foco. A gente sabe que os atacantes são os que dão alegria e felicidade com gols e acabam, por isso, sendo privilegiados com esses troféus individuais. Mas, se for o caso, é claro que vamos receber com muita alegria. Não só eu, mas qualquer jogador defensivo que for receber isso. Mas nosso foco hoje nessa final é ser campeão e ser premiado coletivamente.
Hino
É fera demais. Como todo brasileiro, creio que se arrepia como a gente se arrepia. O hino é um canto muito forte para o nosso país. As palavras. Tudo aquilo que significa pra gente. Ali, é o momento que acaba o hino e a gente vê a galera levando o hino, a capela é um momento muito especial. Acaba dando uma energia a mais. Um gás a mais naquele começo de jogo. Espero que isso continue no Maracanã e seja linda essa festa no começo de jogo.
Ambiente na Seleção
Me sinto muito bem. Estou muito feliz de estar aqui na seleção brasileira. Assim como todos os brasileiros do mundo é um orgulho muito grande estar na seleção brasileira. Eu aproveito esse momento da melhor forma. Estou aqui há um bom tempo, já conheço bem a casa. Sei o quanto é importante o papel do jogador na seleção brasileira.
Evolução do time
Nas Olimpíadas, a gente teve um começo difícil e, no meio da competição, conseguiu crescer, ganhar corpo. O Micale fez alguns ajustes que fizeram nosso time crescer na competição. Competições com fase de grupos e depois mata-mata são muito rápidas, não tem tempo a perder. Se alguma coisa não está funcionando, tem que ter o timing das mudanças e fazer com que as coisas fluam melhor rapidamente. Nessa Copa América não foi diferente, a gente vem crescendo, ganhando corpo e fazendo o necessário para ser campeão. A gente sabe o que tem que fazer dentro de campo, tem uma filosofia muito concretizada para todos os jogadores. A gente tentou crescer o máximo nessa competição para chegar forte nessa final. O primeiro objetivo era chegar na final.
Diferenças para a seleção olímpica
Realmente o peso da seleção olímpica e da principal não é o mesmo, apesar do contexto todo da seleção olímpica, que não tinha esse título ainda, o único título que o futebol masculino ainda não tinha conquistado. Então tinha todo esse lado histórico importante, mas é claro que a seleção olímpica não tem o mesmo peso que a principal. Para mim é um gosto especial estar no Maracanã com a seleção principal disputando uma final de uma competição importante, que é a Copa América. Vou desfrutar da melhor forma desse momento.
Experiência
Eu acabo me fazendo muito essa pergunta. Realmente, a gente não tem essa medida, não sabe o tamanho da nossa experiência. Tudo na minha vida veio acontecendo muito cedo. Subir para o profissional, ganhar títulos importantes. Eu fui apenas trabalhando, lutando e aproveitando as oportunidades que vieram na minha vida. Na Seleção não foi diferente. As oportunidades chegam e você tem que estar pronto e preparado para aproveitar da melhor maneira. Domingo vai ser mais uma oportunidade que eu vou procurar aproveitar da melhor forma.