Nem mesmo o fato de carregar a camisa 10 da Seleção Brasileira em um embate com a Argentina é suficiente para intimidar Neymar. Em entrevista coletiva nesta segunda-feira, em Jedá (SAU), na véspera do amistoso com ares de "Superclássico" entre as tradicionais equipes sul-americanas, o atacante exaltou que trata como um privilégio lidar com a responsabilidade de ostentar um número que veio por acaso:
- É especial usar. Quando eu era pequeno, confesso que não tinha o desejo de jogar com a 10, porque eu copiava o meu pai, que jogava com a 7, e depois veio o Robinho. No Santos, comecei com o 7, mas o Robinho chegou. Na Copa das Confederações, perguntaram qual número queríamos, e eu disse "11 ou 10". Aí, apareceu o Daniel Alves e falou para eu pegar a 10. Para mim, é uma felicidade muito grande vestir. Tento honrar a camisa usada por grandes nomes.
O craque ainda deixou transparecer sua ansiedade por reencontrar a Argentina. E garantiu que o duelo está longe de ser encarado como um amistoso pela equipe comandada por Tite:
- Brasil e Argentina é difícil. O que você espera é que seja um jogão. Da nossa parte, a gente vai entrar para vencer. Mas, quando se fala de Brasil e Argentina, é um clássico, eles vão querer vencer também. A gente quer fazer nosso papel e está trabalhando.
Questionado sobre a ausência de Messi, tradicional camisa 10 da Argentina, no confronto, Neymar deixou escapar:
- Para quem é amante de futebol, ter Messi fora de um jogo como esse é ruim, mas para nós, é bom.
Em seguida, lamentou pela partida, mas fez um alerta para a Seleção Brasileira:
- Para quem é amante do futebol, é ruim quando Messi não está dentro de campo. Mas se trata de Brasil e Argentina, então você tem que respeitar muito essas duas seleções, porque há jogadores de sobra. Hoje, a Argentina está com Dybala, que é um jogador que gosto muito. Então, a gente precisa estar ligado.
Ao fazer uma avaliação de seu futebol, o camisa 10 da Seleção Brasileira destacou que está menos ansioso ao buscar as jogadas:
- Conforme você vai jogando futebol, tem mais experiência e vai sabendo a hora de dosar uma partida ou ir para cima. Hoje, eu sei fazer isso dentro de campo e sei da minha função. Eu sou um atacante da minha equipe, um criador de jogadas. Não só eu, mas também Coutinho, Firmino, Lucas, Jesus. Estamos ali para criar chances, dar chances aos companheiros.