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Quase ponta por ‘culpa’ de Denílson, Fagner resgata memórias de Copas

Lateral-direito vive expectativa para o início da participação do Brasil na Copa do Mundo e, ao LANCE!, fala sobre emoção em Mundiais e futuro: 'Vai marcar meu filho ver o pai jogar'

Fagner em treino com a Seleção
imagem cameraFoto: Lucas Figueiredo/CBF
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Lance!
Enviado especial a Sochi (RUS)
Dia 14/06/2018
15:40
Atualizado em 15/06/2018
19:30

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Titular do Corinthians e opção do técnico Tite para a lateral direita da Seleção Brasileira, Fagner vive a expectativa de estrear na Copa do Mundo da Rússia e ajudar o país a buscar o hexacampeonato. Ao LANCE!, fala não só de como tem tentado controlar a ansiedade antes do principal torneio de futebol do planeta, mas também revela que, por inspiração em Denílson durante as Copas de 1998 e 2002, quase se tornou ponta. As memórias de outros Mundiais permeiam os pensamentos do ala até hoje. 

- Nas Copas de 1998 e de 2002, eu gostava muito do Denílson. Por isso, queria ser ponta quando comecei no Corinthians. Coube ao destino que eu fosse indo para trás... Não posso reclamar. Graças a Deus, deu certo. Gosto muito da minha posição - revelou o jogador, que completou lembrando que a conquista do tetra em 1994 também mexeu com seu emocional: 

- A de 1994, o Brasil muito tempo sem vencer e eu com a idade do meu filho hoje, me marcou bastante. Lembro do Romário, Bebeto, os dois jogando muito, o Jorginho. Marcou muito. Lembro que a gente assistia aos jogos em casa, lembro muito do jogo com a Itália (final, vencida pelo Brasil por 3 a 2 nos pênaltis), aquela tensão, disputa de pênaltis. Lembro muito do jogo da Holanda (quartas de final, Brasil 3 a 2), revendo os gols. Foram coisas que marcaram, o gol do Romário com aquela dificuldade imensa, de bate pronto. 

Aos poucos, a ficha cai para o lateral-direito, que deve começar a disputa da Copa do Mundo entre as opções de Tite no banco de reservas. Por enquanto, o titular da posição é Danilo. Para o ala, o importante nesse momento é controlar a ansiedade e foca nos trabalhos com o grupo. 

- A ficha não caiu muito ainda (risos). Mas é realização de um sonho, de olhar para trás, ver que assistia quando criança, pensando, se espelhando nos jogadores que ali estavam, para ser jogador, que pudesse ser um exemplo. Isso marca muito. Procuro fazer um grande trabalho, respeitando todos os companheiros, principalmente o Danilo. Vou procurar fazer o meu melhor  esperar que o Tite defina - pondera.

Como titular ou mesmo no banco, Fagner com certeza marcará a vida do filho Henrique, de oito anos, mesma idade com a qual o lateral viu o Brasil ser tetracampeão. 

- Para os meus filhos vai marcar muito, mais para o mais velho, vai ser marcante, não só por assistir, mas de ver o pai dele atuando. Só de estar com o grupo, já é importante, o resto é detalhe. Se for de dentro do campo, melhor. Se for de fora, já estarei feliz. Se Deus quiser, estaremos em Moscou para disputar a final - finaliza. 

O Brasil estreia na Copa do Mundo neste domingo, contra a Suíça, às 15h, em Rostov. 

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