Relembre: há 50 anos Brasil vibrava com estreia da Seleção na Copa-70

Triunfo por 4 a 1 sobre os tchecos na primeira partida do Mundial do México, em 3/6, encheram de esperança os torcedores. O tri passava a ser uma realidade

imagem cameraZagallo dá instruções a PC Caju, que entrou na reta final do jogo de estreia. Goleada inflamou o país (Reprodução)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 03/06/2020
21:14
Atualizado em 04/06/2020
09:56
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Há 50 anos (3/6/1970) a vitória por 4 a 1 da Seleção Brasileira na estreia contra a então Tchecoslováquia (atual República Tcheca), foi festejada nas ruas do Brasil e, principalmente, da Guanabara (atual cidade do Rio) com músicas de carnaval. Até lugares tinham outros nomes, mas a paixão pelo futebol era a mesma de sempre.

Antes da partida, a expectativa era enorme e o comércio fechou cedo, às quatro da tarde, para que todos pudessem assistir à partida pela televisão. Nos hotéis, hóspedes pediram que televisores fossem instalados nos saguões. E os gerentes nem pestanejaram. A administração do Aeroporto Internacional do Galeão também instalou aparelhos de TV no saguão. Bares se prepararam para receber torcedores. No Leme, Vicente Marzulo, dono de banca de jornal, recebeu doações para ornamentar a quadra inteira. Agnaldo Timóteo foi um dos colaboradores, com 20 cruzeiros, moeda da época. E o Manequinho, em Botafogo, foi vestido com a camisa da Seleção Brasileira e chapéu de mexicano. O responsável pelo traje do boneco, foi o mais popular comerciante do bairro nos anos 60 e 70, o Kaiuca (dono de várias lojas na Rua da Passagem). Até oração ele fez. E tudo deu certo. A capa do jornal O Globo, em 4 de junho de 1970, estampava em letras garrafais:

“FÚRIA E TÉCNICA ESMAGAM TCHECOS”


Cariocas comemoraram ao estilo de foliões no carnaval. A Avenida Princesa Isabel, em Copacabana, chegou a ficar engarrafada. Muita gente queria festejar na orla. Bares lotaram. E jornalistas destacavam a presença de parentes dos craques, como Cláudio, irmão de Rivellino, entrevistado pela reportagem do Globo, comemorando o desempenho do jogador e o sucesso da seleção numa mesa do bar Zeppelin, em Ipanema. Ele resumiu em poucas palavras o sentimento popular:

“O futebol é, sem dúvida alguma, a alegria nacional”.

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