As investigações nos Estados Unidos em torno do presidente Marco Polo Del Nero voltaram à tona. De acordo com informações divulgadas pela coluna "Bastidores", do site "Globo Esporte", documentos e depoimentos durante o julgamento de José Maria Marin nesta quarta-feira serviram de base para o Comitê de Ética voltar os olhos para o mandatário da CBF.
Os promotores do "Caso Fifa" afirmaram que Del Nero recebeu US$ 6,5 milhões (R$ 21,5 milhões) em subornos para favorecer empresas de marketing esportivo em contratos relacionados à Copa América, Copa Libertadores e Copa do Brasil. O presidente da CBF, que não sai do Brasil (país que não extradita cidadãos) desde maio de 2015, nega todas as acusações.
Del Nero não foi julgado de nenhum crime tanto no território brasileiro no julgamento com Marin, Juan Angel Napout e Manuel Burga. No Brasil, Del Nero não é acusado de nenhum crime. Mas as dezenas de menções a seu nome em depoimentos, planilhas, gravações e outros documentos tornados públicos pela investigação americana levaram a Fifa a destravar um processo interno aberto há dois anos.
As citações a Del Nero foram enviadas a Zurique. Em nota, a Fifa afirmou que "não comenta processos", e se declarou vítima nos EUA. A entidade espera receber uma indenização assim que o julgamento for encerrado.
Já Marco Polo Del Nero, ao ser procurado para falar sobre a investigação, informou que não poderia comentar o caso em andamento.