Rogério Micale: ‘salvador’ da CBF em momentos de crise
Treinador, confirmado nesta quarta-feira como o treinador do time olímpico, tem carreira sólida nas categorias de base
Rogério Micale. O torcedor brasileiro pode não conhecer muito bem quem é o treinador que foi confirmado como o comandante do time olímpico do Brasil nos Jogos que acontecem em agosto, no Rio de Janeiro. Ele foi alçado ao posto após a demissão de Dunga (ele seria o auxiliar do ex-treinador na competição). No entanto, quem acompanha mais de perto o futebol verá que o baiano, de 47 anos, entende muito bem do assunto.
Micale, antes de mais nada, virou desde que chegou ao cargo, em maio de 2015, uma espécie de "salvador". Ele assumiu o comando da equipe sub-20 após a saída de Alexandre Gallo, atualmente no Náutico, do cargo. O Mundial da categoria aconteceu um mês depois. Pelo curto espaço que teve, o treinador teve desempenho favorável: ficou em segundo lugar ao perder a decisão para a Sérvia, mas goleou o Senegal por goleada e tirou equipes tradicionais do torneio como Uruguai e Portugal. Além disso, ficou definido naquela época, que ele seria o auxiliar de Dunga na Olimpíada um ano depois.
Como a agenda de preparação e observação do time olímpico era na mesma época de jogos da equipe principal, Micale eram os "olhos" de Dunga neste processo. Dirigia na beira do campo, fazia as convocações e relatórios. Portanto, não vai, ao menos desta vez, pegar o bonde andando. Pelo contrário. Está por dentro de todo o processo.
Além disso, Rogério Micale é um profissional com ampla experiência em categorias de base. Sua carreira até o momento foi calcada em grande parte dela com equipes sub-20. Começou a carreira em 1999 em Londrina. Aliás, foi no Paraná que deu os primeiros passos na função. No Figueirense e, principalmente, no Atlético-MG conquistou títulos de relevância como a Copa São Paulo de Futebol Júnior, Taça BH e o Torneio Internacional Cor Groenewegen (ICGT), realizado na Holanda.
Agora, Micale terá o maior desafio de sua carreira. Não só por conduzir de forma oficial a Seleção olímpica. Ele terá a missão de junto com os 18 escolhidos, incluindo Neymar, buscar o único título que falta para o futebol brasileiro: a medalha de ouro.