A Seleção Olímpica do Brasil decepcionou os torcedores que foram acompanhar à sua estreia contra a África do Sul. Nesta quinta-feira, no Mané Garrincha, os canarinhos não saíram do 0 a 0 diante dos sul-africanos e deixaram dúvidas quanto à sequência da Rio-2016.
Colunista do LANCE!, João Carlos Assumpção definiu a fraca atuação da equipe de Rogério Micale como "surpreendente", especialmente do poder ofensivo:
- A atuação fraca do Brasil foi uma surpresa, porque o que era esperado era um time solto, ofensivo e com um futebol moderno. O ataque com três e depois com quatro atacantes não funcionou. Gabriel Jesus esteve apático e Gabigol, muito marrento.
O jornalista disse que a postura de Gabigol deixa um alerta para a sequência da Rio-2016:
- Péssima atitude de Gabigol, porque se os jogadores acham que a equipe foi bem e só faltou a bola entrar, estão muito equivocados. A Seleção é boa, apesar de Rodrigo Caio deixar muito espaço na defesa, e pode melhorar. Mas para começar, tem de reconhecer seus erros. Se achar que dá show, aí complica. Porque não deu, longe disso.
Assumpção ainda valorizou a postura sul-africana na partida no Mané Garrincha:
- A África do Sul tinha mais entrosamento e com suas duas linhas de quatro anulou o Brasil. Quando estavam com 11 jogadores em campo e dominaram a partida.
Aos olhos de André Kfouri, a ansiedade foi um obstáculo para a Seleção Brasileira. Porém, o colunista do LANCE! criticou a postura diante da África do Sul:
- O time estava apressado e ansioso, muito diferente do que mostrou contra o Japão. Certos equívocos são comuns em estreias quando a vontade de aplicar o que foi treinador acaba atrapalhando e causando intranquilidade. Outros acontecem com jogadores que ainda não estão entrosados, como os três atacantes. O Brasil jogou muito pouco, diante de um adversário que não devia oferecer resistência.
Editor do LANCE!, Rodrigo Vessoni também atribuiu o empate à postura da África do Sul. Aos seus olhos, a Seleção Olímpica tem muitas perspectivas na busca do ouro:
- A Seleção tem bons jogadores, bom esquema tático, bom treinador, apoio da torcida... só consigo ver mérito de uma aplicada África como possível explicação.
Já o editor Wilson Baldini Jr. atribuiu o tropeço ao nervosismo e questionou a maneira como Rogério Micale substituiu;
- A Seleção Brasileira no começo parecia nervosíssima. Após os primeiros minutos de tensão, passou a dominar o jogo, mas pecou pela falta de entrosamento e pela maneira como terminou a partida: Micale lançou quatro atacantes, deixando um congestionamento na frente.