A Seleção Feminina encerrou a temporada de 2021 com um título nas mãos. Com gols de Kerolin e Giovana, as comandadas de Pia Sundhage derrotaram o Chile por 2 a 0 nesta quarta-feira (1) na Arena da Amazônia, venceram o Torneio Internacional de Futebol Feminino e deixam uma boa perspectiva na preparação para a Copa América de 2022. Em jogo acirrado, marcado por observações e pelo desentrosamento natural causado devido ao "rodízio" de elenco, a equipe garantiu o 100% de aproveitamento na competição.
A Seleção Feminina volta a campo em fevereiro para disputar o Torneio Internacional da França. Dos dias 14 a 23, as brasileiras encararão França, Holanda e Finlândia.
CHILENAS RONDAM A ÁREA
A técnica Pia Sundhage promoveu seis mudanças em relação à Seleção Brasileira que iniciou a goleada por 4 a 1 sobre a Venezuela (a mais significativa foi entrada de Marta como titular ao lado de Debinha). Diante do Chile, um adversário mais impetuoso, as Guerreiras lidaram nos primeiros minutos com dificuldades defensivas diante dos avanços de Rojas e Urrutia.
Urrutia levou a melhor sobre Tamires e arriscou, mas o chute foi fraco e parou nas mãos de Letícia. A atacante ainda deu trabalho para Daiane e Tainara. Logo depois, Rojas puxou contra-ataque e Lara encheu o pé, só que a bola subiu.
BRASIL BATALHA, MAS O GOL...
Após 15 minutos de pressão chilena, o Brasil foi se soltando em campo aos trancos e barrancos. Kerolin cruzou para Ary Borges, que tentou por cobertura e mandou para fora. Em seguida, Duda e Marta também se atrapalharam ao concluir. Debinha fez o cruzamento e Kerolin surgiu livre, mas cabeceou em cima de Endler.
Embora tenha melhorado o toque de bola na reta final, a Seleção continuou a penar para criar jogadas com qualidade. Marta aproveitou uma rara brecha na direita, se desvencilhou da adversária e cruzou, só que Debinha chegou atrasada. Já Antônia passou como quis pela marcação e arriscou, fazendo a bola tirar tinta da trave.
PARA EMBALAR!
Bastaram cinco minutos para a Seleção achar uma brecha para seu poderio ofensivo. Antônia abriu caminho para descida de Ary Borges. Com velocidade, a camisa 17 aproveitou um espaço deixado pela esquerda e cruzou para a área. Kerolin surgiu livre na área chilena e desviou na saída de Endler para delírio da torcida na Arena da Amazônia.
As chilenas ainda ensaiaram uma reação com Aedo. No entanto, as Guerreiras se lançaram novamente à frente. Kerolin cruzou e Debinha acabou se enrolando. Antônia ainda arriscou finalização de longe, mas a bola foi por cima da meta de Endler. As comandadas de Pia Sundhage continuaram a se impor, mas esbarravam em erros de passes.
SEM SUSTO...
Quando o ritmo da partida caiu, a técnica Pia Sundhage promoveu as entradas de Adriana e Giovana. Em seguida, o Chile voltou a assustar em uma cobrança de escanteio de Araya na qual Letícia espalmou para evitar qualquer susto. Em seguida, Tamires arriscou de longe e Endler encaixou.
GIOVANA RATIFICA O TROFÉU
O título foi sacramentado aos 36 minutos graças à perspicácia digna das Guerreiras. Giovana aproveitou a hesitação de uma defensora chilena e deu o bote. A camisa 14 chutou com calma e superou Endler aos 38.
Na reta final, Ivana Fuso tentou arrancada e Geyse chutou pelo lado de fora da rede. Mas a vitória e o título estavam confirmados, indicando uma evolução brasileira sob o comando de Pia Sundhage.