Taffarel diz que Brasil precisa ter vitórias: ‘Não é só jogar bem’

Campeão do mundo em 1994, ex-goleiro é integrante da comissão técnica da Seleção

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Nesta quinta-feira, foi a vez de Taffarel, campeão do mundo em 1994 e atual preparador de goleiros da Seleção Brasileira, conceder entrevista coletiva na Granja Comary, durante a preparação da equipe para a disputa da Copa América, que começa no próximo dia 14 de junho.

O ex-goleiro, que venceu uma Copa do Mundo e uma Copa América (em 1989, coincidentemente a última disputada no Brasil) foi direto e não mediu as palavras ao afirmar que a Seleção Brasileira precisa vencer, e não apenas jogar bem. 

- Temos que nos concentrar nesse momento especial e temos que ganhar. Vamos trabalhar, estamos trabalhando, fazendo o possível, mas a palavra fundamental é vitória. O futebol brasileiro precisa viver de vitórias, não só de jogar bem. A vitória é importante. No final o que vai contar é isso, botar na cabeça que essa é não uma competição para jogar, é para ganhar - disse.

Especialista na posição, Taffarel também comentou sobre a disputa no gol da Seleção Brasileira entre Alisson e Ederson, os dois goleiros que menos sofreram gols na Premier League, onde o arqueiro do Liverpool tem uma vantagem.

- Os dois jogam no mesmo campeonato, no nível igual das duas equipes, mas acho que pesa um pouco a sequência. Alisson já vinha tendo sequência como titular. Mas não é coisa definitiva. Vi crescimento muito grande do Ederson. Lembro das primeiras convocações, um pouco introvertido, fechado, hoje vejo outro tipo de jogador. Ele vai jogar o amistoso, mas depende muito dele. Nos treinamentos estamos muito contentes e satisfeitos com a performance dele. E com o nível dos nossos goleiros - destacou.

Membro da comissão técnica, Taffarel também falou sobre a escolha de tirar a faixa de capitão de Neymar e entregá-la para Daniel Alves, jogador mais experientes. No entanto, destacou que não é nenhum tipo de punição ao camisa 10.

- Essa faixa de capitão, sinceramente, é obrigatória, alguém tem que botar a faixa, mas depois o Tite vai ver. Não sei se vai fazer rodízio, se não vai, não participo de todas as reuniões. Mas com Tite não tem motivo de punição. Tem de deixar o jogador bem à vontade, tem jogador que gosta, outros não gostam. Isso é muito relativo. Uma vez quando Tite botou faixa no Alisson perguntou pra mim se pode pesar, se olhar pro Alisson, peso nenhum, cara experiente, dar ou não a faixa é a mesma coisa, não tem peso nem demérito nenhum se não botar. É uma coisa muito pequena dentro de tudo que preparamos para uma Copa América - finalizou.

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