Tetra 25 anos: Ricardo Rocha relembra lesão e afirma: ‘Nós saímos daqui desacreditados’
Titular da Seleção na Copa de 1994, o zagueiro se contundiu ainda no primeiro jogo e não atuou mais naquele Mundi<span style="font-family: opensans_semibold; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400;">al. No entanto</span>, Ricardo permaneceu com o grupo até a final
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No próximo dia 17 de julho se completam 25 anos do Tetracampeonato da Seleção Brasileira na Copa do Mundo. Em 1994, nos Estados Unidos, o Brasil colocou a quarta estrela no peito e encerrou um jejum de 24 anos sem títulos mundiais. O LANCE! conversou com o zagueiro Ricardo Rocha, que fazia parte daquele elenco e se lesionou logo no primeiro jogo, contra a Rússia.
- A nossa expectativa era muito grande e a pressão existia por todos os lados. Eram 24 anos sem ganhar uma Copa. A verdade é que nós saímos daqui do Brasil desacreditados, inclusive prefiro assim, não gosto de ser tratado como favorito não. Mas no dia a dia fomos trabalhando e chagamos no nosso objetivo final - disse o ex-zagueiro em entrevista ao L!
LESÃO NO PRIMEIRO JOGO DA COPA
No grupo B daquela Copa, o Brasil encarou os russos na primeira rodada no dia 20 de junho no Stanford Stadium. Logo aos 26 minutos, Bebeto serviu Romário que abriu o placar para o time de Carlos Alberto Parreira. De pênalti, Raí fechou o placar aos sete da etapa final. No entanto, faltando 20 minutos para o fim, Ricardo Rocha teve uma lesão muscular que o tirou do restante do Mundial.
- Fiquei muito triste com a lesão, você se prepara para a Copa e logo no primeiro jogo isso acontece. Mas é futebol. Aconteceu com o Ricardo Gomes há 10 dias do torneio, e lá nos Estados Unidos ocorreu comigo. É difícil para qualquer jogador, principalmente no meu caso, que era titular. Mas ainda cheguei a ficar no banco na final - relembrou o brasileiro.
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PERMANÊNCIA COM O GRUPO NOS EUA
Além de Ricardo Rocha e Ricardo Gomes, o sistema defensivo já havia sofrido a perda de Mozer antes do mundial, também por lesão. Apesar do departamento médico vetar o jogador para o resto do torneio, a comissão técnica optou por deixar o experiente zagueiro no elenco. O pernambucano, que hoje tem 56 anos, conta que era considerado como um dos líderes do elenco.
- Eu sempre fui um cara alegre, procurei animar o grupo e era tratado como uma referência pelo elenco. Se fosse para ficar triste lá, pensando na lesão, de cabeça baixa, eu nem ficaria. Eu agi como se fosse um auxiliar do Parreira. O importante era a equipe, preferiram não trazer ninguém, e que eu ficasse, então dei apoio até o fim - comentou o defensor.
HISTÓRIA DOS 'KAWASAKIS'
Com passagens por clubes como Santos, São Paulo, Vasco, Fluminense e até Real Madrid, Ricardo Rocha atuava pelo Cruz-maltino quando foi convocado por Parreira para a Copa dos Estados Unidos. Ao fim da entrevista, o zagueiro relembrou uma história engraçada sobre a preleção da final contra a Itália, que terminou com o Brasil campeão nas penalidades.
- Nós estávamos na final, eu reuni o grupo para dar uma palestra antes de entrarmos em campo. Falei durante um bom tempo sobre o jogo, os 24 anos sem título e tudo mais. No fim, comentei sobre o grupo de japoneses da 2ª guerra, mas acabei me enrolando e falei que eles eram os 'Kawasakis' ao invés de 'Kamikazes'. Aí pronto, foi uma zona só, me sacanearam muito, mas serviu para tirar a tensão do jogo e descontrair o grupo - encerrou o pernambucano.
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