O Brasil venceu e convenceu na estreia da Copa América 2021. A equipe superou a Venezuela por 3 a 0, com gols de Marquinhos, Neymar Jr e Gabigol. Após a partida, o técnico Tite concedeu entrevista coletiva e discorreu sobre suas futuras escolhas, a grandeza de Neymar Jr e coesão da equipe no primeiro jogo do torneio continental.
ATUAÇÕES: Neymar comanda o Brasil em vitória diante da Venezuela
A primeira pergunta direcionada ao comandante da Seleção Brasileira foi sobre iniciar com Gabigol de titular no próximo jogo, contra o Peru.
- Estamos comemorando o primeiro jogo ainda (risos). Estamos felizes com a entrada e participação dele, a gente também falou que a Copa América ia servir para oportunizar uma série de jogadores, seja começando ou entrando. - disse.
Antes do início da competição, o técnico brasileiro prometeu que realizaria mais testes durante os jogos da Copa América. Ele foi questionado sobre como seriam as oportunidades para os 24 convocados. Também, falou que deve priorizar alterações durante as partidas.
- A ideia inicial é não descaracterizar. Se tu desmonta uma equipe, quebra os links, as conexões, a estrutura que a gente vem montando nos dois sistemas que a gente tem, tu tira a confiança do atleta. Ele vai pro jogo e não joga bem, a avaliação fica prejudicada. De ter mudanças, sim, ou no transcurso do jogo, como o jogo exige, como jogo pede, inclusive para acelerar o adversário. Tu consegue, vai minando o adversário, que vai correndo, desgastando. Nos nossos jogos, no segundo tempo a gente consegue sempre um número de oportunidades e finalizações maiores do que no primeiros. - comentou.
Outro ponto abordado na coletiva foi Neymar Jr. Com o gol marcado diante da Venezuela, o camisa 10 precisa balançar as redes mais 10 vezes para igualar Pelé na artilharia da Amarelinha.
Tite deixou claro que, para ele, não é justo comparar atletas de épocas diferentes.
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- Não vamos comparar, é injustiça comparar épocas, atletas e números Existe magnitude de um Zico da vida, que é da minha geração, extraordinário, tem da nossa geração Neymar, extraordinário, logo ali atrás teve Romário, Ronaldo, extraordinários. São etapas, ciclos, momentos que tem que ter cuidado para não compará-los - esclareceu.
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Mesmo assim, o técnico brasileiro teceu elogios ao seu camisa 10, que contribuiu com um gol e assistência, destacando sua recente evolução como garçom no time.
- Quando tu tem um jogador com essas virtudes técnicas que ele tem, ele tem um lance pessoal, ele desenvolveu a capacidade da assistência, pé direito, pé esquerdo. Ele fica um jogador imprevisível. Quando a gente consegue acionar ele numa faixa mais adiantada do gramado, ele fica mais protegido, porque ali o adversário fica com medo de fazer uma marcação mais firme, uma falta num local importante. Nós estruturamos a equipe para ele receber menos bolas, mas de uma forma mais eficiente para criação, esse é nosso objetivo. - afirmou.
A performance defensiva também foi ponto de interesse na entrevista. Alisson foi um mero espectador da partida, e a Venezuela chutou apenas uma vez contra a meta dele no segundo tempo. Para Tite, o bom desempenho defensivo se dá através de três fatores.
- O alto nível de equipe é a criação e fazer, é a solidez defensiva para não tomar gols, e ela é resultado, vencer. Quando se une os três fatores, é alto nível. - revelou.
Por fim, Tite encerrou a coletiva afirmando que o Brasil poderia ter feito mais gols ao longo dos 90 minutos.
- Se a equipe tivesse sido mais efetiva nas oportunidades que teve, nós poderíamos sair com um placar mais avantajado, mais elástico. - concluiu