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Tite põe à prova o leque de opções da Seleção diante do Peru, e tenta não desfigurar seu ideal de equipe

Comandante acena com mudanças em todos os setores no duelo desta quinta-feira, às 21h, no Nilton Santos, em jogo válido pela segunda rodada da Copa América

Brasil x Venezuela - Tite
'Futebol na sua modernidade é essencialmente tempo e espaço', declarou Tite (NELSON ALMEIDA / AFP

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A luta para aprumar a Seleção Brasileira pensando na Copa do Mundo terá mais uma etapa nesta quinta-feira. A partida contra o Peru, pela segunda rodada da Copa América, tende a abrir espaço para uma série de variações entre os titulares. Contudo, o comandante canarinho está ciente de que a partir das 21h, no Nilton Santos, (veja aqui onde acompanhar o jogo), a pressão por um novo desempenho satisfatório prosseguirá entre os torcedores.    

- É uma realidade que vivemos nas seleções e nos clubes. Cada um tem sua ótica e seu discernimento. Só não generalizo porque sei que várias pessoas têm a capacidade de ver as coisas de uma forma melhor. Existem pessoas que veem o processo do futebol e enxergam tudo o que ocorre  - declarou.

Uma das cobranças de Tite é na nova maneira dos torcedores enxergarem a partida. Aos seus olhos, o futebol moderno não abre brechas para tanto talento.

- Futebol na sua modernidade é essencialmente tempo e espaço. Numa ação ofensiva não tem compactação, tu tem que alargar a equipe adversária, encompridar a equipe adversária, para que tu crie espaços de articulação, nos teus homens criativos, teus homens de frente, na tua melhor saída de bola. A compactação se dá, sim, quando rapidamente tu perde a bola e tu tem uma organização defensiva para que tu retire esses espaços e o tempo de raciocinar do adversário. Nisso estão todas as equipes evoluindo, tendo um melhor preparo físico, tendo uma velocidade maior na execução dos seus movimentos. Isso tudo acaba gerando essa falta de espaços... - declarou.

A solidez defensiva é uma preocupação constante de Tite. Além da confirmação de Ederson na meta, nesta quinta-feira, Thiago Silva, recuperado da lesão que sofreu na final da Liga dos Campeões pelo Chelsea, deve ser uma das novidades, ao formar a zaga ao lado de Éder Militão. Outra dúvida é em relação à configuração do meio de campo.

Mesmo com o desfalque de Cueva, punido por indisciplina, e as ausências de medalhões como Guerrero, Farfán e Aquino, o Peru é definido pelo auxiliar Cléber Xavier como uma equipe com "marcação agressiva" e que recorre aos contra-ataques. Só que neste contexto, a comissão técnica acena que Fabinho terá espaço entre os titulares, o que dá uma dinâmica diferente em relação a Casemiro. 

-  O Casemiro, na Seleção, com uma sequência enorme de jogos, definindo uma posição de primeiro meio-campista. Faz esse jogo andar com passes longos e curtos, e na parte defensiva ocupa espaço que domina muito bem. O Fabinho a mesma coisa. Faz o jogo andar no Liverpool. Tem esse passe de rotação. Menos o passe longo, mais o passe de rotação. E também tem a presença à frente - destacou Cléber Xavier, para indicar:

- Estamos dando oportunidade ao Fabinho, convocamos algumas vezes, e estamos dando justamente para que tenhamos dois jogadores de altíssimo nível trabalhando na função - complementou.

A chance de Neymar voltar atuar como meia enquanto Éverton Ribeiro age como um curinga e é segundo volante também aponta uma tentativa de encontrar novos caminhos. Só que até onde pode abrir uma brecha para os peruanos atuarem com perigo? Outra mudança apontada é no setor ofensivo, com a entrada de Éverton Cebolinha.

- Dependendo da estrutura, da base defensiva que utilizar - declarou Tite.

Além disto, Gabigol, em grande fase no Flamengo, tende a ganhar mais uma oportunidade entre os titulares.

Independentemente de qual caminho seguir, o comandante já sabe qual deve ser o norte para o reencontro com os peruanos em um jogo que exige tanta competividade.

- A diferença está na mecânica, na movimentação, nas ditas transições. A rapidez com que tu chega na frente, na qualidade. É isso que modifica - frisou.

O Brasil vai para mais um desafio na Copa América. Mas o sonho de consolidar um bom elenco no Qatar-2022 já está no horizonte.

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