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Tite, sobre prisão de Nuzman: ‘Quero, posso, mas não devo falar’

Treinador diz que tem opinião formada sobre caso do presidente do Comitê Olímpico do Brasil, mas que não a externará porque trabalho na Seleção Brasileira é mais importante

Tite e Del Nero
imagem cameraTite com o presidente da CBF, Marco Polo del Nero (VANDERLEI ALMEIDA / AFP)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 09/10/2017
20:08
Atualizado em 09/10/2017
20:25

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O técnico Tite, da Seleção Brasileira de futebol, abordou em sua entrevista coletiva nesta segunda-feira a prisão de Arthur Nuzmam, presidente licenciado do Comitê Olímpico do Brasil (COB). Tite disse quem tem opinião formada sobre o assunto, que até gostaria de externá-la, mas disse que não é o momento. O treinador afirmou que a prioridade neste momento é seu trabalho e negou que esteja se eximindo da questão. 

- Eu tenho opinião sobre tudo que o aspecto político tem, sobre o que aconteceu agora em relação ao COB. Eu tenho opinião, mas quero ficar focado no meu trabalho, ser um exemplo no que eu faço. Não estou me isentando, mas não me dou o direito de externar porque tenho uma prioridade, que é a Seleção Brasileira, minha conduta enquanto técnico da Seleção Brasileira. Eu posso? Posso. Eu quero? Quero. Mas eu não devo. Pelo menos no momento - afirmou o treinador. 

Não é a primeira vez que o treinador se esquiva sobre a situação de um dirigente. No ano passado, quando foi apresentado como técnico da Seleção, ele foi perguntado sobre o manifesto que havia assinado pedindo a renúncia de Marco Polo del Nero da presidência da CBF, em dezembro de 2015. E evitou críticas ao novo chefe. Em 2015, Del Nero foi acusado pelo FBI da prática de corrupção, enquanto a Fifa o investigava por violação de código de ética.

- A minha atividade e o convite que me foi feito foi para ser técnico da Seleção Brasileira de futebol. Entendo que essa atribuição é a melhor maneira que eu tenho para contribuir com o que tenho de ideia para minha vida - declarou Tite, na ocasião. 

Nuzman foi preso em sua casa na última quinta-feira, suspeito de intermediar compra de votos para a eleição do Rio de Janeiro como cidade-sede da Olimpíadas de 2016. Nesta segunda-feira,o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, decretou a prisão preventiva do cartola, o que significa que ele continuará na cadeia José Frederico Marques, no Rio de Janeiro, onde estão outros presos relacionados à Operação Lava-Jato da Polícia Federal.

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