Em ano de Copa de Mundo, o trabalho do técnico Tite está sendo avaliado. E uma pesquisa encomendada pelo instituto Datafolha revelou que o nome do treinador à frente da Seleção Brasileira é aprovado por apenas 47% da população.
Segundo o levantamento, 7% consideram o trabalho de Tite como ruim ou péssimo, 24% acham regular e 22% não sabem opinar. A pesquisa foi feita entre os dias 27 e 28 de julho e entrevistou 2.556 pessoas com 16 anos ou mais em 183 municípios. A margem de erros é de dois pontos para mais ou para menos.
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Este é o segundo pior índice de aprovação de Tite em quatro pesquisas feitas pelo portal desde que assumiu a Seleção, em 2016. Em janeiro de 2018, o número era de 62%. Seis meses depois, chegou a 64%, o maior patamar do treinador. Em dezembro de 2019, porém, Tite marcou apenas 37% de aprovação no cargo.
Com o número atual, Tite irá para o Qatar com a menor taxa de aprovação de um treinador da Seleção no século. Em 2002, Felipão tinha 51%. Em 2006, Parreira foi para a Alemanha com 62%. Dunga, em 2010, viajou com 49%. Já em 2014, Felipão chegou ao Mundial com 68%, a maior delas.
TÉCNICO ESTRANGEIRO NÃO AGRADA
Com o nome aprovado ou não, e independente da conquista do hexacampeonato mundial, Tite deixará a Seleção Brasileira após a Copa. O treinador afirmou que seu ciclo está se encerrando, e um novo assumirá o time canarinho em 2023.
Se a saída de Tite é uma certeza, o seu substituto ainda é uma incógnita. Apesar da preferência de muitos por um nome estrangeiro, a maioria da população é contra um não brasileiro no comando da Seleção. Pelo menos é o que aponta a pesquisa do Datafolha.
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Segundo o instituto, 55% da população brasileira é contra um técnico estrangeiro na Seleção. 30% é a favor de um nome de fora do país no banco da CBF, 8% se declararam indiferentes sobre a nacionalidade do treinador do Brasil, enquanto outros 7% afirmaram não souberam opinar.
Em relação à última pesquisa desta natureza, realizada em dezembro de 2019, a rejeição aumentou nove pontos percentuais, de 46% para 55%, enquanto a taxa de aprovação caiu de 39% para 30%. Na ocasião, o nome de estrangeiros tinha um viés de alta, especialmente após as conquistas da Libertadores e do Brasileirão do Flamengo sob o comando do português Jorge Jesus.