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Vadão diz que Jamaica ‘não foge da característica do futebol africano’

Treinador analisou as adversárias da Seleção Brasileira na Copa do Mundo e cometeu gafe durante coletiva de convocação

Vadão - Seleção Brasileira feminina
imagem cameraVadão, durante entrevista coletiva na CBF (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 16/05/2019
12:21
Atualizado em 16/05/2019
15:09

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O técnico Vadão divulgou, nesta quinta-feira, a lista das 23 convocadas para a Copa do Mundo da França, a partir do dia 7 de junho. O Brasil ocupa o Grupo C, ao lado de Austrália, Itália e Jamaica. Quando foi analisar as adversárias, porém, o treinador apontou que a seleção da América Central tem "características do futebol africano".

- Temos a Jamaica, vimos vários jogos delas, é uma equipe forte, veloz, com boa estatura. Joga muito em função da centroavante alta. Quando ela está sendo pressionada, sempre estica a bola na atacante. Esperamos explorar alguns erros que vimos. É uma equipe nos moldes africanos - analisou.


O treinador também falou sobre as outras rivais. As australianas são uma das seleções mais fortes dessa Copa.

- A Austrália é uma das favoritas, está em uma crescente. Teve resultados muito bons nos amistosos e na própria eliminatória. A Itália não representava tanto há pouco tempo, mas houve grande investimento. Hoje elas jogam com perfil italiano, se defendendo bem e com passes rápidos. Vamos enfrentar um time bem diferente daquele que veio ao Brasil. Tiveram uma acensão muito grande. As dificuldades serão para todas - disse.

Formiga e Marta

Essa Copa do Mundo marcará a despedida do trio formado por Formiga, Cristiane e Marta. As duas primeiras já anunciaram que estão no último mundial da carreira e devem ficar apenas até a Olimpíada de 2020. Formiga, inclusive, baterá o recorde de sete Copas, mais do que qualquer homem ou mulher.

- Fiz um esforço muito grande para ela (Formiga) voltar. Quando voltei, fiz um pedido para ela disputar a Copa América e para o Mundial. Ela atendeu. A Formiga é um dos maiores exemplos que temos no mundo. Ela completou 41 anos e renovou por mais um ano com o PSG. É uma grande referência e não poderia ficar fora. Marta é Marta. Depende de toda uma estrutura e desempenho da equipe. Todos dizem que o Messi joga melhor no Barcelona do que na seleção, ele tem entrosamento lá e tudo. Assisti ao jogo do Orlando, que perdeu, mas mesmo assim a Marta foi o destaque. Todas as vezes que ela pegava na bola, criava uma situação interessante. Não podemos jogar tudo nas costas dela. Se a equipe tiver bem, podemos facilitar a estrutura da Marta para ela mostrar o talento que tem - avaliou Vadão.

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Brasileirão


Tecnicamente falando melhorou demais. Mesmo muitas equipes que não tem condição de treinar, as meninas ganham pouco, algumas equipes tem regime profissional e outras não. Mas agora temos onde buscar. Tive a oportunidade de analisar atletas, puxar para um período de testes. Antes era difícil fazer essa peneira e pesquisa. Não tinham jogos na televisão, por exemplo. Hoje tem onde olhar. Melhorou muito. O início foi dado. O país ainda não teve tempo hábil para ter as melhores condições. Portugal também está passando por isso. O mais importante é que foi implantado.

Lições da última Copa

Existe uma diferença muito grande entre competições grandes e de clubes. Na Libertadores, por exemplo, tem um jogo em casa e um fora. A grande lição é que no Mundial não tem dois jogos. Não pode jogar 15 minutos mal, tem que ter regularidade e concentração os 90 minutos. Em 2015, quando fomos jogar contra a Austrália, a Formiga cabeceou uma bola que deveria ter entrado e em um contra-ataque elas foram felizes e ganharam. Temos que cobrar e treinar essa insistência na concentração. Fizemos um grande amistoso contra a Espanha no primeiro tempo e pioramos no segundo.

Cobrança

No Brasil, quando veste a camisa da seleção, todos cobram títulos. Sabemos da dificuldade, pois aumentou muito a concorrência. Outras potências do futebol feminino também não vão ganhar. Muitas vezes a cobrança acaba motivando mais. Temos dois modelos de jogo definidos há muito tempo, inclusive mantendo a base. Em 2015 não criávamos tantas chances de gol como deveríamos. Mudamos o esquema no Pan-Americano e ganhamos o ouro. Temos duas formas definidas de jogo, 4-4-2 e 4-3-3. Vamos jogar de acordo com a situação.

Convocadas e falta de jogadoras do Santos

A Gabi Zanotti sempre esteve conosco e eu trouxe ela de volta quando voltei. A Darlene é boa e está fora, infelizmente temos que preencher e temos só 23 vagas. Ela está na lista de suplentes. Nesse momento entendemos que essas preenchem melhor o que nós queremos. Vamos encaixando características de jogo, não é simplesmente convocar.

Eu usava polivalência antigamente. Toda atleta que joga em várias posições me cativa. A Andressa Alves jogou boa parte da carreira como lateral, não foi uma aventura. Em janeiro eu falei para ela que poderia fazer isso. Em Olimpíada são só 18 na lista, se não tiver versatilidade não fecha. A Camilinha foi lateral no sub-20, comigo ela atuou em várias outras. Tenho o privilégio de ter atletas que, se eu precisar mexer, temos isso.

A Tayla estava no Santos. Convocamos a Maurine e ela entendeu que já tinha encerrado, não agora no final, mas durante o período. Neste momento entendemos que temos outras jogadoras que se encaixam.

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