Com briga acirrada, favoritos avançam na bateria da ‘morte’ do Oi SuperSurf

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A bateria da 'morte' na terceira fase da etapa final do Oi SuperSurf não teve espaço para zebra. David do Carmo e o veterano Victor Ribas, campeões brasileiro em 2013 e 1997, avançaram para a próxima fase do torneio, que está sendo disputado na praia de Itaúna, em Saquarema, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. O grupo ainda contava com Edgard Groggia, que foi líder da sua bateria na segunda fase, e Leo Andrade.

A disputa pela liderança da bateria foi acirrada entre Ribas e David, separada por sete décimos. O primeiro chegou a liderar a prova no início, mas com uma bela onda, que lhe rendeu uma nota 8,5, o surfista de São Paulo acabou levando a melhor, terminando com 14,50 contra 14,43 do adversário.

Um dos maiores nomes do surfe brasileiro, dono dos melhores resultados de um surfista do Brasil no Circuito Mundial até a vitória de Gabriel Medina, Victor Ribas é o mais experiente entre os 160 atletas do SuperSurf, com 43 anos. Além disso, ele é de Cabo Frio, perto de Saquarema, e frequenta desde pequeno as águas de Itaúna. Ribas conta que esses fatores o ajudaram na prova desta quinta.

- Ajuda. Quando eu comecei já sabia mais ou menos onde eu tinha que sentar, me posiciono através das pedras ali. Eu vi os caras mais embaixo e pensei “pô, não tinha prioridade ainda e me deixaram aqui? Beleza!'. Então sentei, fiquei esperando e já comecei com uma forte no começo, já peguei uma outra na sequência. Aí eu tentei melhorar minha média, pegar umas ondas mais parede para tentar umas rasgadas, mas não achei aquela parede contínua, que hoje está difícil de achar. Mas me ajudou bastante, porque é o lugar que eu venho competindo. Então esse lance de você conhecer o pico ajuda pra caramba, principalmente em uma mar desses que você não tem muitas oportunidades – disse o campeão brasileiro de 1997.

Antes de entrar na água, David do Carmo sabia que teria uma parada dura pela frente. Ele não poupou elogios a Ribas e se sentiu orgulhoso por avançar junto com um ídolo.

- Uma bateria pesada, de ídolo brasileiro. Até antes da vitória do Gabriel Medina ele era nosso melhor brasileiro na história do surfe mundial. Então, eu sabia que seria uma bateria difícil, com um cara experiente, os outros caras que estavam são da nova geração e também são grandes atletas. Então, foi uma bateria que eu tive sorte de pegar uma boa onda. Eu me sinto privilegiado por passar junto com o Victor Ribas, que é um ícone do surfe e está aí na atividade até hoje - disse.

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