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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 18/12/2015
15:16
Atualizado em 18/12/2015
15:31
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O Brasil viveu em 2015 seu ano dourado no surfe mundial, coroado com o título de Adriano de Souza no WCT na quinta-feira, em Pipeline. Os surfistas do país, no entanto fizeram muito mais do que isso na temporada. A Brazilian Storm (Tempestade Brasileira, como a atual geração foi apelidada) causou "estragos" pelo planeta, com vitórias inéditas, feitos marcantes e o título também no WQS, a segunda divisão.

Além de Mineirinho, também fizeram bonito no ano principalmente Gabriel Medina, Filipe Toledo, Ítalo Ferreira e Caio Ibelli. Veja abaixo os feitos dos surfistas brasileiros pelo mundo em 2015.

Títulos mundiais seguidos no WCT

Mineirinho segura a taça dada ao campeão do WCT (Foto: Reprodução/WSL)

O Brasil passou anos em busca de um título mundial no WCT, sem sucesso. Mas quando conseguiu, foram dois de uma vez só. Gabriel Medina foi o pioneiro em 2014, e Adriano de Souza repetiu a dose para o país nesta temporada.

Primeira vitória em Pipeline
A etapa de Pipeline é uma das mais simbólicas do WCT, por ser realizada nos tubos marcantes havaianos e ser a decisão do campeonato. Todos os atletas sonham em vencer no "Maracanã do surfe", e foi o que Adriano de Souza conseguiu na última quinta-feira. Ele foi o primeiro brasileiro da história a vencer a competição, ao bater Gabriel Medina na final.

Título inédito na Tríplice Coroa havaiana

Gabriel Medina exibe o prêmio pela conquista da Tríplice Coroa havaiana (Foto: WSL)

E inegável que o Havaí é a meca do surfe mundial. O arquipélago é tão tradicional na modalidade que há uma disputa paralela todos os anos, denominada Tríplice Coroa. A série de três competições reúne as etapas do WQS (segunda divisão) em Alii Beach e Sunset Beach, em novembro, e a em Pipeline pelo WCT, em dezembro. O surfista que mais soma pontos nas três competições é considerado o campeão da coroa. E em 2015, Gabriel Medina faturou a taça, ao ser semifinalista nas duas primeiras competições, e vice-campeão em Pipeline. Nunca um brasileiro havia vencido.

Domínio no ranking mundial
Em 2015, o Brasil foi o país que mais colocou atletas entre os melhores do mundo no WCT. No top 5 na classificação final da temporada, três foram brazucas: Adriano de Souza (campeão), Gabriel Medina (3º) e Filipe Toledo (4º).

Número de vitórias na temporada do WCT

Ítalo Ferreira (esquerda) foi vice na etapa de Portugal, ao ser superado pelo compatriota Filipe Toledo (Foto: WSL)

O Brasil foi o país que mais venceu etapas na divisão de elite em 2015, com seis triunfos em 11 possíveis. Filipe Toledo liderou a lista com três taças (Gold Coast, Rio de Janeiro e Portugal). Adriano de Souza levou a melhor em Margaret River e em Pipeline. E Gabriel Medina faturou o primeiro lugar na França.

Melhor calouro do ano

Ítalo Ferreira terminou o ano na sétima posição no ranking mundial (Foto: WSL)

O potiguar Ítalo Ferreira fez bonito em seu primeiro ano na elite do surfe mundial. O surfista de 21 anos terminou como o melhor calouro de 2015, ao terminar em sétimo lugar na classificação final. Seus melhores resultados foram o vice-campeonato em Portugal, e a semifinal na etapa do Rio de Janeiro.

Brazilian Storm crescerá em 2016

Alex Ribeiro é carregado após vencer a etapa de Saquarema do WQS neste ano (Foto: WSL)

O Brasil teve sete atletas entre os 32 atletas que competiram regularmente o WCT em 2015, e este número saltará para dez em 2016. Permanecerão na elite Adriano de Souza, Gabriel Medina, Filipe Toledo, Ítalo Ferreira, Wiggolly Dantas, Miguel Pupo e Jadson André. E se classificaram por meio do WQS Caio Ibelli, Alejo Muniz e Alex Ribeiro. Com isso, as chances de vitórias brasileiras seguirão bastante altas no ano que vem.

Taça também na segunda divisão

Caio Ibelli foi campeão do WQS sem vencer uma etapa sequer (Foto: WSL)

Além do título de Adriano de Souza no WCT, o Brasil também foi campeão mundial no WQS, a segunda divisão mundial do surfe. Caio Ibelli, paulista de 22 anos, faturou o caneco mesmo sem ganhar uma etapa sequer, ao conseguir 30.000 pontos na soma de suas cinco melhores performances no ano.

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