O Brasil viveu em 2015 seu ano dourado no surfe mundial, coroado com o título de Adriano de Souza no WCT na quinta-feira, em Pipeline. Os surfistas do país, no entanto fizeram muito mais do que isso na temporada. A Brazilian Storm (Tempestade Brasileira, como a atual geração foi apelidada) causou "estragos" pelo planeta, com vitórias inéditas, feitos marcantes e o título também no WQS, a segunda divisão.
Além de Mineirinho, também fizeram bonito no ano principalmente Gabriel Medina, Filipe Toledo, Ítalo Ferreira e Caio Ibelli. Veja abaixo os feitos dos surfistas brasileiros pelo mundo em 2015.
Títulos mundiais seguidos no WCT
O Brasil passou anos em busca de um título mundial no WCT, sem sucesso. Mas quando conseguiu, foram dois de uma vez só. Gabriel Medina foi o pioneiro em 2014, e Adriano de Souza repetiu a dose para o país nesta temporada.
Primeira vitória em Pipeline
A etapa de Pipeline é uma das mais simbólicas do WCT, por ser realizada nos tubos marcantes havaianos e ser a decisão do campeonato. Todos os atletas sonham em vencer no "Maracanã do surfe", e foi o que Adriano de Souza conseguiu na última quinta-feira. Ele foi o primeiro brasileiro da história a vencer a competição, ao bater Gabriel Medina na final.
Título inédito na Tríplice Coroa havaiana
E inegável que o Havaí é a meca do surfe mundial. O arquipélago é tão tradicional na modalidade que há uma disputa paralela todos os anos, denominada Tríplice Coroa. A série de três competições reúne as etapas do WQS (segunda divisão) em Alii Beach e Sunset Beach, em novembro, e a em Pipeline pelo WCT, em dezembro. O surfista que mais soma pontos nas três competições é considerado o campeão da coroa. E em 2015, Gabriel Medina faturou a taça, ao ser semifinalista nas duas primeiras competições, e vice-campeão em Pipeline. Nunca um brasileiro havia vencido.
Domínio no ranking mundial
Em 2015, o Brasil foi o país que mais colocou atletas entre os melhores do mundo no WCT. No top 5 na classificação final da temporada, três foram brazucas: Adriano de Souza (campeão), Gabriel Medina (3º) e Filipe Toledo (4º).
Número de vitórias na temporada do WCT
O Brasil foi o país que mais venceu etapas na divisão de elite em 2015, com seis triunfos em 11 possíveis. Filipe Toledo liderou a lista com três taças (Gold Coast, Rio de Janeiro e Portugal). Adriano de Souza levou a melhor em Margaret River e em Pipeline. E Gabriel Medina faturou o primeiro lugar na França.
Melhor calouro do ano
O potiguar Ítalo Ferreira fez bonito em seu primeiro ano na elite do surfe mundial. O surfista de 21 anos terminou como o melhor calouro de 2015, ao terminar em sétimo lugar na classificação final. Seus melhores resultados foram o vice-campeonato em Portugal, e a semifinal na etapa do Rio de Janeiro.
Brazilian Storm crescerá em 2016
O Brasil teve sete atletas entre os 32 atletas que competiram regularmente o WCT em 2015, e este número saltará para dez em 2016. Permanecerão na elite Adriano de Souza, Gabriel Medina, Filipe Toledo, Ítalo Ferreira, Wiggolly Dantas, Miguel Pupo e Jadson André. E se classificaram por meio do WQS Caio Ibelli, Alejo Muniz e Alex Ribeiro. Com isso, as chances de vitórias brasileiras seguirão bastante altas no ano que vem.
Taça também na segunda divisão
Além do título de Adriano de Souza no WCT, o Brasil também foi campeão mundial no WQS, a segunda divisão mundial do surfe. Caio Ibelli, paulista de 22 anos, faturou o caneco mesmo sem ganhar uma etapa sequer, ao conseguir 30.000 pontos na soma de suas cinco melhores performances no ano.