O Aberto da Austrália pode ser forçado ao exterior devido à previsão de orçamento do governo federal que as fronteiras internacionais permanecerão fechadas até meados de 2022 diante da pandemia do COVID-19.
O jornal ABC Sport publicou na manhã desta segunda na Austrália, noite de domingo no Brasil, que Dubai e Doha, que sediaram os qualies masculinos e femininos antes do torneio deste ano em Melbourne, estariam entre as cidades-sede em potencial se o Grand Slam de abertura do ano precisasse sofrer mudança de local.
Entende-se que os jogadores não estariam dispostos a entrar em quarentena pesada na Austrália para competir, como fizeram este ano com 14 dias dentro do quarto de hotel para vários deles.
Os jogadores que participam de eventos WTA e ATP em todo o mundo estão sendo colocados em um ambiente de bolha que lhes permite treinar e competir sem auto-isolamento restrito.
Quando eles chegam aos eventos nos EUA e na Europa, eles são obrigados a isolar até que o teste seja negativo para COVID-19, mas então estão livres para se moverem dentro da bolha.
A resistência dos jogadores em passar novamente duas semanas em um hotel australiano significa que um evento fora da Austrália é um dos cenários considerados pela Tennis Australia, caso não seja possível chegar a um acordo com o governo.
O Grande Prêmio da Austrália de Fórmula 1 também enfrenta um futuro incerto, já que a corrida, que foi transferida de março para novembro, precisará ser relaxada na quarentena para prosseguir.
O ABC Sport indica que os organizadores do Australian Open irão em frente com o evento no exterior, ao invés de cancelar, se um acordo não puder ser alcançado para um arranjo de quarentena mais flexível.
O torneio contribui com mais de AU$ 300 milhões para a economia e o dinheiro ganho com a hospedagem do evento é uma fonte vital de renda para clubes de tênis de base na Austrália.
A maioria dos jogadores de tênis da turnê já foram vacinados, incluindo o número um do mundo australiano, Ashleigh Barty.
A jovem de 25 anos revelou que foi vacinada nos Estados Unidos porque não conseguiu obter respostas em um cronograma para a vacinação australiana antes de deixar o país para competir em Miami em março.
Em 2021, o torneio foi realizado um mês após o programado, em fevereiro, e provocou alterações severas no calendário dos três primeiros meses do ano no circuito.