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Djokovic relata momentos de tensão em Melbourne: ‘Meus colegas me fizeram mal’

Sérvio desabafa sobre tratamento recebido ao tentar treinar no Australian Open

Djokovic em julgamento
Djokovic ao deixar a Austrália em janeiro - TANIA LEE / AFP

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O sérvio Novak Djokovic, número 1 do mundo, concedeu uma entrevista à BBC na terça-feira para falar sobre o período em que ficou retido na Austrália, onde foi 'julgado' e 'tratado mal' por seus companheiros de circuito.

Na conversa com o jornalista Amol Rajan, Djokovic contou momentos em que viveu na Austrália e detalhou um pouco como foi estar sob custódia em um hotel onde o governo local mantém refugiados e emigrantes que solicitam asilo político no país. O local é apontado por ONGs dos Direitos Humanos na Austrália como inapropriado para a custódia dessas pessoas, das quais muitas vivem há anos aguardando decisão sobre seus pedidos.

- Definitivamente não foi uma coisa agradável, mas não quero sentar aqui e reclamar das condições do centro de detenção porque fiquei lá apenas sete dias, declarou o sérvio que optou por não criticar com veemência o centro que segundo denúncias da imprensa local chega a distribuir comida estragada ao detidos.

Djokovic também falou do dia em que chegou em Melbourne e dos momentos de tensão junto à polícia de migração do país.

- Me senti impotente, quando cheguei lá, não me permitiram para usar o telefone por três horas. Era meio da noite, entre 1h e 9h. Eu não conseguia dormir porque ia sendo interrogado a cada 30 minutos, basicamente. Passei muitos interrogatórios, eles começaram, aí eles pararam, aí eu tive que esperar a pessoa que tinha que falar com os superiores deles . Então voltou a hora. Foi uma noite inteira.


Depois do período sob custódia, Djokovic pôde iniciar sua preparação para o torneio.

- Pude permanecer livre por quatro dias e treinei nesse período, mas não foram dias normais de treinamentos prévios a um torneio do Grand Slam, iniciou Djokovic a respeito da liminar que recebeu da justiça australiana para que fosse tirado da custódia da polícia de fronteiras do país e pudesse aguardar o julgamento de seu pedido de recurso a recusa do visto, exercendo sua atividade profissional.

- Havia helicópteros sobrevoando a mim em todas as minhas sessões de treinamentos que tive na Rod Laver Arena. havia câmeras por todos os lados, relatou o sérvio, falando da cobertura massiva da mídia local e de correspondentes de tênis do mundo todo, que acompanharam seus passos em Melbourne Park.

- Também tinha os meus colegas, eles me fizeram muito mal. Eu senti aquela energia, os olhares dos meus colegas e de todas as pessoas que estava nas instalações do clube. Obviamente eu entendo que eles tenham a percepção da coisa através do que haviam visto na imprensa, mas eu não estava apto a ir aos meios de comunicação pelo que tinha sido acordado previamente no processo legal que eu enfrentava e a respeito do Australian Open, concluiu.

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