Djokovic se surpreende com nível e celebra o Hepta e recordes na Austrália
Sérvio relembrou cirurgia há um ano e recuperação
Novak Djokovic fez história mais uma vez, conquistando o seu sétimo Australian Open e se tornando o maior vencedor. Após a final contra o espanhol Rafael Nadal, o número 1 lembrou da sua difícil fase há um ano, revelou surpresa com o seu nível e engrandeceu seus feitos.
"Estive no topo das minhas performances. Apenas 15 erros em duas partidas são agradavelmente surpreendentes para mim mesmo, mesmo que eu sempre tente jogar dessa forma. Foi realmente uma combinação perfeita", disse Novak, a respeito de seu jogo de semifinal, vencido por 6/0 6/2 6/2 contra o francês Lucas Pouille, e o deste domingo, que ele venceu o vice-líder do ranking mundial por 6/3 6/2 6/3.
Eliminado nas oitavas de final em Melbourne no ano passado, Novak precisou passar por uma cirurgia no cotovelo logo após o torneio, em fevereiro de 2018, e teve um dos momentos mais difíceis da carreira. No discurso, ele diz estar desfrutando desta jornada até agora.
"Sempre acredito em mim mesmo, e esse é, provavelmente, o maior segredo do meu sucesso. Confio, sinceramente, no ato de observação do jogo. Faço muito isso, e tive que fazer também no ano passado depois da cirurgia porque eu não estava jogando bem. Foi um processo incrível para mim", disse.
Com a conquista de seu 15° Grand Slam, Djoko se tornou, aos 31 anos de idade, o terceiro maior campeão nos eventos deste porte, ultrapassando as 14 taças do norte-americano Pete Sampras e também se aproximando das 17 do próprio Nadal e das 20 do recordista no masculino, o suíço Roger Federer. Ele falou sobre os feitos e sobre a possibilidade de chegar em Federer.
"Uma das primeiras imagens que eu tenho do tênis é a do Pete ganhando seu primeiro Wimbledon. Não havia tradição esportiva na minha família, então era um sinal do destino. Aspirava ser tão bom quanto Sampras e é verdadeiramente espantoso (superar o número de Slams dele)", falou.
"Como eu vivo com a possibilidade de bater o recorde de Roger? Muito bem! Não sei quantas temporadas eu ainda terei no circuito. Não quero focar muito num futuro distante, mas quero sim manter meu físico e minha condição mental de desafiar o recorde de Federer", enfatizou o dono de 73 títulos do circuito.
Para finalizar, Djokovic manteve, como de costume, o máximo respeito para com o seu maior rival (segundo ele próprio), Nadal. Segundo ele, os dois melhoraram e ainda melhorarão muito daqui para frente.
"Não quero dizer que despachei Rafa para fora. Posso ter feito isso na partida, mas não na vida inteira. Tenho a certeza de que teremos mais partidas um contra o outro. Seu saque melhorou, trabalhei nisso também, e nós vamos melhorar mais ainda no futuro", respondeu, finalizando sua entrevista.