Nada como uma nova oportunidade. Semanas após as cãibras na semi de Roland Garros, que foram mais pela parte mental, Carlos Alcaraz chegou com o discurso de não ter medo de Novak Djokovic. Até entrou amedrontado na final. Levou um 6/1 sem conseguir sacar bem, mas uniu forças e mostrou toda sua qualidade, força e eficiência.
Em mais uma verdadeira batalha, conquistou o que ninguém vinha conseguindo nos últimos anos: derrotar Djokovic em Wimbledon. Nole não perdia no torneio há 34 jogos, não perdia na quadra central desde 2013, ou seja, dez anos, e tinha perdido somente esta final no torneio até hoje. Foi o primeiro desde Lleyton Hewitt em 2002 a vencer Wimbledon sem ser do temido Big 4.
Se já havia feito história no US Open por sua precocidade com seu primeiro Slam e o número 1 do mundo, agora fica ainda maior. Derrotar Djokovic numa final em Wimbledon da maneira que foi eleva Alcaraz a outro patamar.
Alcaraz tem o caminho aberto para dominar o tênis. Basta querer. Basta não baixar a guarda e seguir trabalhando. Talvez esse seja o maior desafio, algo que os Big 3 conseguiram por cerca de duas décadas sem esmorecer. Talvez ajude muito se Djokovic se mantiver com a mesma fome em busca de mais Slams. Afinal, um desafia o outro e assim a tendência é que ambos evoluam.
Falando em fome. A final foi um prato cheio. Um banquete. E o prato principal foi para o espanhol.