Felipe Meligeni atendeu o Tênis News após sua vitória de estreia no challenger de Campinas, realizado na Sociedade Hípica após sua vitória de estreia sobre Daniel Silva por 6/2 7/6 (7/4) na quadra central João Lima.
Foi sua primeira partida de simples após sua maior campanha no US Open onde passou o quali e venceu o primeiro jogo de Grand Slam, dando calor no favorito e 32º do mundo, o argentino Sebastian Baez, na segunda rodada. Ele disse estar sanado dos problemas no pé que teve durante a campanha em Nova York: "Estou muito bem, venho cuidando muito bem do meu pé. Estou em um momento muito bom, em uma crescente muito boa de nível de tênis e físico. Jogar com o Dani nunca é fácil, jogou o circuito tantos anos, vem dando o sangue. Não iria dar uma bola de graça pra mim. Tive chance de liquidar mais fácil o jogo, mas acabei não conseguindo por mérito dele também. Senti um pouco o cansaço, mas a torcida me ajudou. Muito feliz de estrear com uma vitória aqui depois de um tempo sem jogar simples e agora é focar no próximo jogo", destacou o atleta que destacou o ganho de confiança após a série nos Estados Unidos. Antes ele já havia vencido uma partida no ATP 250 de Los Cabos, no México, e feito um jogo de igual para igual contra o top 15, o americano Tommy Paul.
"Com certeza muita confiança, era o que estava precisando, ganhar esses jogos importantes. Foi especial pra mim aquela semana (Nova York). Não sabia que conseguiria jogar porque tinha machucado antes em Santo Domingo meu pé. Foquei na recuperação , no primeiro jogo, comecei muito mal, depois consegui virar, fui melhorando jogo a jogo, quase escorreguei na final do quali de novo, quase custou bastante pra mim, seria difícil se tivesse acontecido , mas depois fiz um ótimo jogo na primeira rodada. Baez aconteceu o que aconteceu, mas o nível tá aqui. Venho jogando muito bem, trabalhando muito bem todos os dias. Estou bem contente com os resultados e acho que é merecido".
Campinas é o primeiro torneio da série de challengers sul-americanos de Felipe, atual 142º colocado, que depois deve estar em Buenos Aires, Santa Fé, Curitiba, Guayaquil e Lima buscando o sonho da vaga entre os 100 melhores: "Com certeza tentar jogar todos, pelo menos até Lima. Se eu fizer ótimos resultados antes talvez eu pare antes, ou pare um e jogue outras. A meta é tentar o top 100 e se não terminar o ano da melhor maneira possível, tentar o top 100 que é a meta principal do ano. Jogar bem, me sentir bem, competir bem é o mais importante e estou preparado. É dia a dia, jogo a jogo".
O atleta também buscará, para 2024, disputar todos os Grand Slams e um objetivo é fazer uma nova temporada repleta de ATPs: "Quero me consolidar no top 100 , jogar o máximo de ATPs possíveis. Se conseguir jogar o ano inteiro de ATPs seria incrível pra mim. Jogar a chave dos Slams, óbvio. Só focar nisso. Estou em um momento ótimo, fiz vários jogos duros com caras 30 do mundo, 15 do mundo , 20 do mundo. Sei que o nível está aí, é acreditar mais, manter mais a cabeça, melhorar mais o físico ainda, sei que estou bem de físico, mas melhorar e estar sempre inteiro, os caras são uns animais. É focar nisso, estar sempre inteiro, focar na recuperação. Challengers da América do Sul são boas oportunidades de elevar meu nível. Só focar no dia-adia pois não gosto de pensar muito lá na frente para não atrapalhar."
O atleta esteve ausente da convocação do Pan-Americano que acontece no final de outubro em Santiago, no Chile, valendo uma vaga para a Olimpíada de Paris em 2024 para o campeão: "Pan-Americano eles chegaram a mandar para eu me inscrever, mas o Heide fez final do Sul-Americano e foi convocado e Monteiro estava com melhor ranking e foi chamado. É óbvio que tinha vontade de jogar o Pan-Americano , representar o Brasil em qualquer modalidade, qualquer torneio é importante pra mim. Eu ia acabar perdendo duas semanas do calendário. Pra mim não foi tão ruim assim , agora vou tentar entrar pro mérito próprio da próxima vez."