Kato revela: ‘Me falaram que se o boleirinho fosse menino, não teria problema’

Japonesa afirma que autoridade da partida e do torneio lhe fizeram tal afirmação

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A japonesa Miyo Kato, que foi desclassificada de Roland Garros após acertar uma bolada acidental em uma das boleirinhas durante uma partida da chave de duplas ao lado da parceira, a indonésia Aldila Sutjiadi, concedeu entrevista ao site Clay e fez uma grande evelação.

"O árbitro e o supervisor falaram comigo depois e me disseram: 'se boleirinho fosse um menino, não teria problema.' Eles também me explicaram que como a menina chorou por mais de 15 minutos eles tiveram que tomar uma decisão, porque se ela tivesse parado depois de 5 minutos, tudo estaria bem; ou se a bola atingiu suas pernas ou braços, eles também não me desqualificaram. Mas não, porque foi no pescoço foi diferente", explicou ela em entevista dada em Berlim, onde joga o WTA Local.

Kato contou a revista argentina que apenas queria voltar para a casa no Japão e que após a partida acabou isolada: Passei várias horas no vestiário, não queria olhar as redes sociais, não queria falar com ninguém. Tive que ir para o doping, então esperei lá sozinha”.

Apesar da desclassificação, Kato esteve autorizada a seguir competindo na chave de duplas mistas ao lado do alemão Tim Puetz e a dupla acabou ficando com o título: “Nada foi divertido até o dia da final. Felizmente recebi muitas mensagens de incentivo, mensagens positivas. Os jogadores, os treinadores, felizmente todos me apoiaram muito”.

Kato contou ainda que após o incidente nas duplas femininas, apenas a tcheca Marie Bouzkova da dupla rival, lhe mandou mensagem. Ela buscou ler a mensagem salva em seu celular, mas que nunca respondeu: "Sinto muito por hoje. Espero que você e seu parceiro estejam bem".

Miyo Kato segue chateada com a postura das advesárias, que mesmo sem ter visto o ocorrido pressionaram a arbitra.

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