Novak Djokovic anunciou que disputará o Australian Open, um dos quatro torneios mais importantes do tênis. Não seria nada muito impactante se não estivesse em jogo a exceção criada para garantir o sérvio nas quadras de Melbourne.
A direção do torneio, que até então tornava obrigatória a vacinação dos tenistas, informou que o número 1 do mundo enviou um pedido – que foi aceito – de isenção para que estivesse apto a jogar mesmo sem se vacinar.
O histórico recente de Djokovic na pandemia não é dos melhores: organizou torneio em que vários atletas se contaminaram, apelou várias vezes para um discurso antivax e até divulgou métodos alternativos (e sem comprovação científica) para combater a Covid-19.
A espécie de atestado médico cedido a Djokovic é mais um episódio desperdiçado para transformar ícones do esporte em exemplos para incentivar a vacinação.
No mesmo dia, circulou um vídeo de Rafael Nadal, que disputa um torneio na Austrália, se desculpando com fãs por não poder dar autógrafos por conta de protocolos para evitar a Covid-19. Enquanto isso, Djokovic mostrava com orgulho ter conseguido um atalho para seguir sua busca por títulos e recordes.
Que os torcedores possam separar as conquistas das condutas do tenista sérvio para definir o seu legado.