Luisa Stefani retorna aos treinos em São Paulo

Jogadora passa a treinar com Leonardo Azevedo

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Luisa Stefani retornou aos treinos em quadra cerca de seis meses depois da cirurgia no joelho realizada no fim de setembro do ano passado, após lesão durante a semifinal do US Open.

A tenista segue em tratamento, sob a supervisão do fisioterapeuta Ricardo Takahashi e em parceria com o Comitê Olímpico Brasileiro. Ela utiliza a base e instalações do COB, no Rio de Janeiro, para exercícios físicos e exames. Em quadra, o trabalho foi iniciado em São Paulo (SP) com o Time da Rede Tênis Brasil, supervisionado pelo treinador Leonardo Azevedo.

"Estou super feliz de entrar para o time da Rede Tênis Brasil. Essa volta ao Brasil tem sido muito importante para mim, tanto na parte física quanto mentalmente. Ter uma base por aqui, principalmente durante esse período de recuperação, e poder contar com uma ótima equipe multidisciplinar, além de toda estrutura do projeto, me dá muita confiança para meu retorno às quadras", disse Luisa, patrocinada pela Fila, MundoTênis, HEAD, RTB, Tennis Warehouse e Liga Tênis 10.

"O time RTB sempre me recebeu de braços abertos nas minhas passagens pelo Brasil e, por isso, fico ainda mais contente de oficializar essa parceria. Espero poder contribuir com a missão do RTB em prol do tênis nacional e, especialmente, continuar crescendo o nosso tênis feminino”, completou a tenista.

Luisa teve um grande ano em 2021, com seu maior título no WTA 1000 de Montreal, no Canadá, vice-campeonato no WTA 1000 de Cincinnati, finais em Miami, Adelaide, Abu Dhabi, San Jose e a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio, ao lado de Laura Pigossi. Ainda fez semifinal no US Open, onde precisou abandonar após lesão no joelho, rompendo o ligamento cruzado anterior, o qual vem tratando desde o começo de setembro e passou por uma cirurgia no fim daquele mês.

Carreira - Luisa, 24 anos, começou a jogar tênis aos 10 anos, na B.Sports, no bairro de Perdizes, em São Paulo (SP), onde nasceu. Disputou as chaves principais dos quatro Grand Slams juvenis, atingindo as semifinais de duplas do US Open juvenil em 2015, quando chegou a 10ª posição do ranking mundial juvenil.

Foi para os Estados Unidos para estudar e jogar tênis. No circuito universitário jogou pela Pepperdine University, na Califórnia, e atingiu a segunda posição no ranking da ITA (Intercollegiate Tennis Association). Foi nomeada caloura do ano 2015 pela ITA, compilando uma campanha de 40 vitórias e apenas seis derrotas. Entre 2015 e 2018, ainda no circuito universitário americano, dedicou-se parcialmente ao circuito profissional da ITF, o que não a impediu de conquistar 10 títulos e atingir outras cinco finais de duplas naquele circuito. Terminou 2018 como 215ª do mundo em duplas e 753ª em simples.

Optou por trancar a faculdade para disputar o circuito profissional integralmente a partir de meados de 2018. Ganhou destaque nas duplas e começou a colher resultados já em 2019, conquistando um título no WTA de Tashkent, no Uzbequistão, e o vice-campeonato em Seul, na Coréia do Sul, em outubro, com a então nova parceira, a norte-americana Hayley Carter, terminando o ano perto das 70 melhores do mundo.

Em 2020, conquistou o WTA 125 de Newport Beach, na Califórnia e chegou às oitavas de final do Australian Open. Após a quarentena, comemorou o título do WTA de Lexington, nos Estados Unidos. Terminou o ano como a 33ª do mundo, primeira brasileira no top 40 em mais de três décadas. Começou 2021 com a final no WTA 500 de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, alcançando o top 30 - a primeira brasileira desde 1976 - e chegou à segunda decisão em Adelaide e à terceira em Miami, torneio da série WTA 1000. O vice-campeonato em Miami permitiu que Luisa subisse para a 25ª posição no ranking, o melhor de uma brasileira na história desde que o ranking WTA foi criado em 1975. Em junho ganhou mais duas posições - 23º lugar. Continuou subindo no ranking e com o vice-campeonato em Cincinnati foi para 17ª do mundo. Com a semifinal do US Open chegou a ser a 12ª do ranking e finalizou a temporada como a primeira brasileira no top 10 na história.

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