O Rio Open, maior torneio de tênis do Brasil, deve, enfim, mudar sua sede do Jockey para o Parque Olímpico da Barra da Tijuca, no ano que vem. O presidente da Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO), Paulo Márcio Dias Mello, afirmou nesta quarta-feira que a complexa negociação avançou nos últimos meses e se mostrou otimista com o projeto dos organizadores.
A grande novidade que os responsáveis pelo evento pretendem levar para o "coração" dos Jogos Rio-2016 é a arborização da região, o que aliviaria as condições para o público que for assistir às partidas. O forte calor é um dos fatores negativos no entorno das arenas olímpicas atualmente.
– Estou em contato com o pessoal do Rio Open e diria que há 90% de chance de fecharmos o contrato. Fiquei bastante animado com o que vi do projeto deles – disse Paulo Márcio.
A discussão sobre a mudança da sede acontece há mais de dois anos e sempre esbarrava na questão do tipo de superfície. O torneio, que este mês foi para sua quinta edição, vem sendo disputado no saibro, diferentemente do que acontece no Centro de Tênis, que foi construído com quadra dura, de acordo com o padrão dos Jogos Olímpicos.
Sacramentar a troca significa fazer um acordo delicado com a ATP, que sofre pressão de tenistas contrários à redução do número de campeonatos em terra batida no circuito. Mas é consenso que a alteração elevaria o status do evento e seria uma forma de a AGLO reforçar o legado do Parque Olímpico.
A classificação do Rio Open também deve subir de ATP 500 para ATP 750, uma nova categoria que vem sendo discutida, mas não para o ano que vem. Isso resultaria em premiações mais altas e em um leque maior de nomes consagrados na disputa, que teve como principal astro este ano o croata Marin Cilic. O campeão, no entanto, foi o argentino Diego Schwartzman. Em calendário divulgado pela ATP este ano para 2019, o Rio Open ainda aparece como torneio ATP 500, e ainda não há previsão de nenhum ATP 750.
A troca de sede é parte de uma parceria entre o Rio Open e a AGLO. Em dezembro, as partes inauguraram o Núcleo Esportivo Rio Open, projeto que pretende beneficiar cerca de 50 crianças, de 6 a 11 anos, da escola publica Roberto Burle Marx, da zona oeste do Rio de Janeiro.