O escocês Andy Murray, 2º colocado no ranking da ATP, voltou a reprovar a conduta da russa Maria Sharapova, por causa de seu problema com o Meldonium, substância que a fez falhar em exame antidoping, posteriormente sendo banida do tênis por dois anos.
A russa apelou, ontem, à Corte Arbitral do Esporte, o CAS, pedindo anulação ou redução da pena, imposta pela Federação Internacional de Tênis (ITF). Murray, que já se posicionara a favor da punição, falou sobre o caso pela primeira vez após a pena sofrida por Maria e criticou duramente a tenista. Entre outras coisas, a tenista alegou ter sido uma falha de seu agente, que passava por um processo de separação conjugal, não ter checado a lista que continha o Meldonium.
“Meus pensamentos não mudaram desde março (quando o doping veio à tona). Realmente sinto que, se você está trapaceando e é pego levando vantagem sobre seus adversários (com substâncias ilegais), obviamente deve ser punido”.
Sharapova também declarou que não tinha conhecimento do banimento do Meldonium, e isso criou uma discussão sobre os jogadores de tênis estarem ou não recebendo informações precisas sobre o assunto doping. Entretanto, o bicampeão de Grand Slam também rechaçou firmemente esta justificativa.
“Sendo honesto, não vejo isso (a justificativa) como uma desculpa válida. Se você está tomando qualquer medicamento, é sua responsabilidade, enquanto atleta, conferir (as substâncias que são proibidas) e ter a certeza de que seu medicamento está dentro da legalidade”.
Murray não é o primeiro jogador do alto escalão a criticar severamente a estrela russa. O suíço Roger Federer já expressara sua opinião, dizendo que Sharapova deveria ser culpada por suas ações, “não importando se ela fez isso de propósito ou não”, já que “o tenista tem que saber o que está entrando no seu corpo e ter 100% de certeza sobre o que está acontecendo (se as substâncias consumidas são doping ou não)”.