O sexto melhor tenista do mundo, Rafael Nadal, foi mais um que conversou com a imprensa em Londres, na Inglaterra, nesta semana preparatória para a disputa do ATP Finals. Como os demais colegas, Nadal foi questionado sobre doping no esporte e como vê o sistema antidoping do tênis.
O tema voltou à tona graças as denúncias feitas pela Agência Mundial Antidoping (WADA) - órgão independente que analisa, investiga e julga casos de doping em todos os esportes -, a respeito de um esquema gigantesco de doping em atletas russos do atletismo. De acordo com a WADA, o esquema envolvia o governo local e a federação internacional de esporte.
Nadal comentou como vê o doping no tênis e como vê o sistema de controle aplicado pela Federação Internacional de Tênis (ITF) em parceria com a Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), que dirige o circuito.
"Todo mundo quer o esporte limpo e o tênis em um bom programa antidoping. Nunca tive dúvidas de que meu rival do outro lado da quadra não estava limpo A única coisa que a ITF e a ATP deveria fazer são controles públicos. Não me lembro da última vez que passei por um teste. Desta forma, o mundo poderia julgar se são muitos ou poucos (os casos)", declarou.
No tênis o controle antidoping realizado é parecido com o do ciclismo, em que atletas podem ser testados em exames de sangue e urina a qualquer momento do ano e em qualquer lugar do mundo, não necessariamente tendo que estar em competição, já que o calendário é extenso.
No esporte da raquete dois casos recentes de doping foram o do croata Marin Cilic, que foi condenado a nove meses de afastamento do circuito, mas ficou três meses através de uma redução de pena, após acusar positivo para teor excessivo de glicose em 2013. Cilic confirmou o uso da glicose por indicação clínica e argumentou compra errada de suprimento para ter a pena reduzida.
Pouco tempo antes, cerca de dois meses em abril de 2013, o sérvio Viktor Troicki foi suspenso por 18 meses após ser acusado de se recusar a realizar um teste de urina. O sérvio sempre negou a acusação.
Em abril deste ano, a tenista brasileira Marcela Valle, de apenas 20 anos, foi condenada a dois anos de banimento do esporte por atestar positivo com a substância metillhexeneamina, um estimulante.