Dona de 59 títulos de Grand Slam, 18 de simples, a ex-tenista Martina Navratilova concedeu entrevista ao site do Laureus, o Oscar do Esporte, e revelou o quanto sente falta de Wimbledon, torneio pelo qual ia ano após ano desde 1973.
"Para tenistas, no ano novo, sempre brindamos Wimbledon. Venho a Wimbledon desde os 16 anos. Não sinto falta de nenhum deles. Agora é a primeira vez sem Wimbledon e estou ansiosa para entrar em um avião e apenas tocar a grama", disse.
“Apenas para estar lá, apenas para pisar no chão. Boris (Becker), particularmente, e eu, sempre tivemos um caso de amor com Wimbledon e acho que os fãs sabem disso. Wimbledon transcende o tênis e transcende o esporte. Nesses momentos, acho que também nos faz perceber o quanto o esporte é um luxo e tivemos a sorte de estar jogando de verdade, mas todo mundo sente falta dele, ainda é uma parte tão importante de nossas vidas.
“Somente a guerra parou os grandes torneios, agora temos essa pandemia e para jogadores como Roger Federer e, é claro, Serena Williams, é tempo perdido. Particularmente Serena, Wimbledon é sua melhor chance de quebrar o recorde de Margaret Court. Ela está com 23 anos e tenta chegar a 24, talvez 25. É uma oportunidade perdida quando você não está mais jovem. Se eu estivesse sentado nessa posição, ficaria maluco de não poder jogar.
"Todos estão no mesmo barco, mas para jogadores mais velho como Roger e até Rafa Nadal e, principalmente, Serena Williams, é mais difícil, sem dúvida. Eu simpatizo com eles, porque este é um inimigo que você não pode reabilitar, não pode lutar, você só espera que ele desapareça e possamos jogar no próximo ano.
Sobre a disputa no masculino, Navratilova aponta que Federer é o mais afetado com ausência de Wimbledon: “Novak Djokovic está logo atrás de Roger e Rafa, perseguindo os principais títulos, mas acho que o mais afetado seria Roger Federer, porque ele é o mais velho por um bom tempo. Mas você tem que lidar com isso. Como Billie Jean King disse "os campeões se ajustam".