Ex-número dois do mundo, o sueco Magnus Norman concedeu uma entrevista ao portal suíço nzz.ch direto de Londres, na Inglaterra, durante a disputa do ATP Finals e falou das condições do seu pupilo, o suíço Stan Wawrinka.
"As vezes é frustrante como treinador, (ele) não dá a sensação de ser estável. Jogar forte apenas nos grandes torneios (Grand Slams) é perigoso. A margem é curta, você pode sair facilmente com as mãos abanando", confessou.
"Dói. Estas situações são temas recorrentes. De fora se tem a impressão de que para ele não importa o jogo. Eu sei, claro, que não é assim, que faz um grande esforço. Sem duvida, Stan tem muitos jogos como este (contra Kei Nishikori no Finals). Depois deste jogo tivemos uma conversa intensa", pontuou.
“Stan queria ir bem aqui, mas a preparação não foi ideal. Vinha com problemas no joelhos, e das eliminações cedo na Basileia e Paris.Stan ganhou um torneio do Grand Slam (US Open), isto faz com que seu ano já é magnifico. Incluindo as semifinais de Roland Garros foram muito destacadas. Mesmo assim seguimos com fome por melhorar e continuar trabalhando", sinalizou.
“Para mim Stan era um grande jogador antes de me juntar a ele. Nós a equipe que está por trás dele o apoiamos. Mas é ele quem ganha e perde. Quando busca o contato visual, tentamos repetidamente que ele mantenha-se concentrado", revelou.
Norman contou ainda que "não há segredos" entre eles, mas revelou que, às vezes, discussões e momentos tensos também fazem parte da relação deles.
Questionado sobre se Wawrinka vai brigar por Wimbledon, o único Grand Slam que ainda não tem, Norman pontuou: "Stan deveria ir melhor nos Masters 1000. Ali os resultados foram muito piores que nos Grand Slams nestes últimos anos. Minha impressão é que Wimbledon não está em nossas mãos. A superfície tem um peso maior que em outros lugares. Contra um jogador que saque bem, um jogo pode escapar de você rapidamente. Apesar de que não vejo nenhuma razão de que Stan não possa jogar bem na grama".