Sabalenka confirma tensão no vestiário e dispara contra treinador de Tsurenko
Bielorrussa respondeu acusações de treinador de ucraniana
Jimmy 48 Photography
Lance!
Indian Wells (EUA)
Dia 18/03/2023 10:41
Número dois do mundo, Aryna Sabalenka confirmou que há uma tensão no vestiário por conta da guerra entre russos, ucranianos e bielorrusos, mas saiu em defesa da WTA que foi criticada nos últimos dias.
A bielorrussa se manifestou após sofrer duras críticas do técnico de Lesia Tsurenko, Nikita Vlasov, que inclusive disse que a tenista era culpada por conta da guerra.
Sabalenka deveria ter enfrentado Tsurenko em Indian Wells, mas a ucraniana teve um ataque de pânico e não jogou. Alegou que o motivo foi uma conversa com o presidente da WTA, Steve Simon, que disse que não tinha nada pra fazer contra os russos e bielorrusos.
"Ninguém pode controlar as emoções de outra pessoa, e acho que o WTA está fazendo o melhor que pode. É claro que há muita tensão entre nós. Ainda acho que não fiz nada de errado com os ucranianos, nem eu nem nenhum atleta russo ou bielorrusso. Mesmo alguns de nós estão ajudando. O que mais posso dizer? Acho que a WTA está fazendo um ótimo trabalho apoiando os dois lados e não consigo controlar as emoções das pessoas. Passei por momentos muito difíceis, coisas ruins também. Difícil e, infelizmente, não posso dizer porque quem vai acreditar em uma garota bielorrussa... falando do treinador dela (Tsurenko), eu também passei por um inferno", disse Sabalenka, campeã do Australian Open. Ela ainda foi além.
"Acho que a retirada de Tsurenko foi mais do que um ataque de pânico ou uma questão política. Eu acho que há algo mais. Tive uma situação difícil com o treinador dela no ano passado pela forma como ele agiu comigo. Acho que aquele cara coloca muita pressão nos ombros e é por isso que essas coisas acontecem. Não tem nada a ver com o WTA. Eles fazem o melhor que podem. O que mais eles podem fazer ? O que podemos fazer é tentar manter a calma no vestiário e continuar a compreender que nada disto é culpa nossa, e que todos compreendemos e sentimos pena dos ucranianos. Acho que já disse o suficiente."