TIM 4G – Sidney Magal: “Nascemos Botafogo, só que não sabemos”

Cantor, que comemora 50 anos de carreira, fala sobre as memórias infantis que tem do Glorioso e da emoção por música cantada pela torcida na arquibancada

imagem cameraSidney Magal voltou ao Maracanã, em 2014, a convite da Rede Globo, e se emocionou (Reprodução TV Globo)
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Lance!
Rio de Janeiro
Dia 03/08/2017
17:28
Atualizado em 03/08/2017
19:06
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“Fooooogo, eu te amo; Fooooogo, eu te amo, meu amor; Fooooogo, eu te amo; E o meu sangue ferve por você”. Qualquer pessoa que acompanha futebol, já ouviu a torcida do Botafogo cantando esta música a plenos pulmões nos estádios. E nem precisa ser botafoguense. Muitos menos fanático, como é o caso do próprio cantor que popularizou o sucesso que deu origem à versão que ganhou a arquibancada. Sidney Magal é alvinegro, daqueles que sempre estão presentes e disponíveis quando o assunto é o Fogão. Um autêntico torcedor TIM 4G, mesmo não sendo um conhecedor profundo de futebol.

Mas para quem via, quando criança, craques como Nilton Santos e Garrincha desfilarem talento com a camisa do Botafogo, todo o resto que diz respeito ao futebol vira um mero detalhe. O Maracanã era um dos lugares mais frequentados por Sidney na infância. Levado pelo pai, Darcy, este sim um alvinegro fanático, o garoto logo se encantou. Primeiro, pela atmosfera do estádio, pelos cantos da torcida, pela bagunça, pelos lanches. E, logo depois, pelos craques que faziam do Glorioso um dos principais times do país na década de 60. A lembrança daqueles dias faz ter certeza que o time da Estrela Solitária foi o primeiro amor do cantor.

- Antes de qualquer coisa, ninguém vira Botafogo. Nascemos Botafogo, só que não sabemos. Meu pai me levava para ver o time que tinha Garrincha, Nilton Santos, Quarentinha, Amarildo, Manga... Não tinha como não gostar daqueles jogadores e daquele time. Eu me apaixonei pelo Botafogo, mas depois passei a não frequentar mais estádio. A memória que tenho do clube é afetiva – lembra com carinho.

Ainda na adolescência, Sidney passou a investir em outra paixão. A música substituiu as idas ao Maracanã para ver o Botafogo. Com 14 anos, começou a cantar em programas infantis. Tempos depois, já se destacava na noite carioca, em boates. Em meados dos anos 1970, começou a chamar a atenção da mídia com músicas sensuais e românticas. O encantamento do público, sobretudo o feminino, foi automático. Virou popular e se notabilizou pelo estilo latino ou cigano, brilhando nos principais programas de televisão da época. Não havia tempo para acompanhar o time do coração, que passou a ser visto apenas pela televisão. E quando a concorrida agenda permitia. Sidney Magal se afastou tanto do Botafogo que o filho Rodrigo se tornou Flamengo.

- Eu tentei fazer do meu filho botafoguense, fiz de tudo. É coisa que a gente não obriga a ninguém. Passa a fazer parte da vida. A rixa é saudável. O que não pode é ter torcedor que se acha inimigo do outro. Todos nós gostamos da mesma coisa, que é o futebol.

Para se ter uma ideia do afastamento do cantor, ele só foi voltar a um estádio em 2014. Justamente quando a versão de “O meu sangue ferve por você” virou sucesso entre os alvinegros. A convite da Rede Globo, ele viu a goleada de 4 a 0 sobre o Deportivo Quito, do Equador, que levou o Botafogo à fase de grupos da Copa Libertadores após 18 anos de ausência.

- Ouvir aquela galera no Maracanã cantando de forma apaixonante desde a rua foi uma das grandes emoções que vivi. Quando os torcedores viram que eu estava presente, foi mais do que emocionante e o Botafogo me conquistou de vez – garante o cantor.

A música adotada pelos alvinegros quase que como um segundo hino reaproximou Sidney Magal de vez do primeiro amor. O cantor, que tão bem falou sobre paixão em sucessos como Sandra Rosa Madalena ou Amante Latino, passou a ser lembrado como verdadeiro botafoguense. Já esteve em lançamento de uniforme e foi citado no livro do clube que fala sobre as personalidades alvinegras, a “Bíblia do Botafogo”. Só não espere cruzar com ele na arquibancada nos jogos, nem peça para escalar o time atual.

- Tenho acompanhado alguns jogos pela TV, sobretudo quando estou em casa ou disponível. Assisto, torço e estou muito feliz com a caminhada do time na Libertadores. Se Deus quiser, vamos conseguir mostrar que o Botafogo jamais deixará de ser a Estrela Solitária. Gosto muito do goleiro Gérson, que sempre me lembrou o Manga – diz Magal, para logo em seguida perceber que havia errado o nome do ídolo alvinegro Jefferson. – Gérson que jogou no Botafogo era de outra posição.

Na torcida pelo título da Libertadores, Sidney Magal sobe ao palco do Espaço das Américas, em São Paulo, no dia 17 deste mês, para coroar os 50 anos de carreira. O show dará início a uma turnê e também a outros projetos comemorativos, incluindo uma biografia e um filme. Pelo visto, o cantor só vai mesmo ver o Botafogo pela TV por um bom tempo.

Patrocinadora de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco, a TIM contará a história de outros torcedores famosos que dão “a maior cobertura”, “que estão sempre presentes” e “disponíveis” para o seu time. Afinal, os quatro maiores times cariocas merecem a maior cobertura 4G do Rio e as melhores histórias para serem compartilhadas.

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