As ofensas disparadas pelo técnico do Fluminense, Abel Braga, ao árbitro Felipes Gomes da Silva não foram ignoradas na súmula do clássico deste domingo contra o Flamengo. Porém, a arbitragem não citou o episódio envolvendo o atacante Rafael Moura, que partiu para cima do juiz e chegou a ser empurrado pelo árbitro.
Segundo o procurador-geral, Paulo Schmitt, o treinador pode ser enquadrado no artigo 243-S, por ofensa moral, e ter de pagar multa de R$ 100 a 100 mil, e ser suspenso de uma a seis partidas. O árbitro também registrou na súmula o cartão amarelo dado ao zagueiro Leandro Euzébio, mas não colocou nada sobre o comportamento do defensor no fim do jogo.
Sem desmerecer o Fla, Flu pede árbitros mais qualificados
Confira na íntegra o relato na súmula:
"Expulsei do banco de reservas, aos 45 minutos do segundo tempo, o técnico do Fluminense F.C., Sr. Abel Carlos da Silva Braga, após ser chamado pelo quatro árbitro, Sr. Pathrice Wallace Corrêa Maia, este relatou-me ter sido ofendido com as seguintes palavras: "Não vou para a área técnica não, seu safado, filho da p..., vai para o c..., seu ladrão". Estas ofensas ocorreram no momento em que o quarto árbitro pediu que o técnico em questão retornasse à área técnica, pois o mesmo estava fora dela questionando uma decisão da arbitragem. Por tal motivo foi expulso e após a expulsão ainda permaneceu ofendendo ao quatro árbitro, conforme este me relatou: 'Você é um safado, seu ladrão, eu não vou sair, quero ver me tirar'. Foi chamado o policiamento para sua retirada, mas o mesmo continuou nos arredores do campo. Ao término da partida o referido técnico invadiu o campo em direção ao quarteto de arbitragem e dirigiu-se a mim com o dedo em riste. Proferindo as seguintes palavras: Safado, sem vergonha, tira a camisa vermelha e preta que está por baixo, filho da p..."
Veja a explicação do árbitro para a expulsão de Souza, aos 47 minutos do segundo tempo, pela falta em Bottinelli:
"Expulsei diretamente, aos 47 minutos do segundo tempo, o Sr Williamis de Souza Silva (nº 21 do Fluminense F. C.) por, após ser driblado, golpear propositalmente com o antebraço o rosto do seu adversário (Sr. Dario Botinelli) quando a bola já não estava mais em sua disputa. O lance ocorreu no círculo central. O atleta atingido não precisou de atendimento médico e continuou normalmente no jogo".