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A bola não entra por acaso: há seis jogos sem marcar, São Paulo repete erros do Barcelona pré-2003


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O São Paulo não consegue fazer gols há seis jogos. Pela primeira vez, igualou marca de 1936, e pode se isolar se não balançar as redes neste sábado, contra o Benfica. A bola não entra, e não é por acaso.

A ineficiência do setor ofensivo em meio à maior crise da história do clube serve para ilustrar os erros administrativos e de planejamento que fizeram o São Paulo chegar a seu ponto mais baixo.

O Barcelona não vencia títulos importantes havia quatro anos quando, em 2003, o novo vice-presidente Ferran Soriano assumiu o clube ao lado do presidente Joan Laporta. A diretoria implementou nova metodologia, em todos os setores do clube. Sanou as más decisões do futebol e concentrou-se em gerar receitas, com novos planos de marketing e exploração do Camp Nou. O resultado foi a mudança completa de patamar, que levou o clube, em 2008, ao topo do mundo. Tudo isso, Soriano conta no livro “A Bola Não Entra por Acaso”.

A bola não entra no São Paulo de 2013, como não entrava no Barcelona até 2003, por erros que começam antes do campo. No livro, Soriano relata os altos e imprecisos gastos em reforços. Em 2001, o Barça contratou os brasileiros Geovanni e Fabio Rochemback. Pela dupla, pagou mais de 30 milhões de euros, e não obteve qualquer retorno. Jogaram mal e não produziram. Os argentinos Javier Saviola e Juan Roman Riquelme, tidos como apostas certeiras, não conseguiram se adaptar e também fracassaram.

No São Paulo, Ganso faz as vezes de Geovanni. Custou R$ 24 milhões para tirá-lo do Santos, quando já se tinha Jadson. Criou-se um conflito interno para o treinador – Ney Franco, na época – que precisaria escalar o jogador mais caro do elenco, mas precisaria tirar de posição o seu melhor, Jadson.

Os erros do São Paulo são idênticos, guardadas as devidas proporções. A bola não entra a seis jogos – recorde – não por simples ineficiência de Luis Fabiano, Osvaldo, Aloísio, ou qualquer outro. Não entra por conta de todos os erros cometidos pela gestão dos últimos anos.

POR QUE A BOLA NÃO ENTRA?

Planejamento-2013
O São Paulo acabou o ano passado como campeão da Sul-Americana e do segundo turno do Brasileirão. Viu Lucas sair para o Paris Saint-Germain (FRA) e ouviu de Ney Franco o pedido por um novo ponta direita de nível similar. Não trouxe. Trabalhou com a hipótese de que Ganso poderia substituí-lo, hipótese que se comprovou equivocada. O zagueiro Lúcio, principal reforço, tornou-se o principal fracasso.

Departamento de futebol
Alçado do departamento de marketing para o futebol em 2011, Adalberto Baptista mudou a política do clube e passou a investir alto em contratações. Dentro de campo, não houve retorno. No vestiário, o ex-diretor colecionou desafetos e acabou pedindo demissão em meio à crise deste ano.

Marketing
O São Paulo ficou sem patrocínio master por nove meses em 2010, e por mais nove em 2012. Perdeu milhões de reais sem acordos. Hoje, tem contrato com a Semp Toshiba inferior aos de Flamengo e Corinthians com a Caixa, por exemplo. Veste uniformes da Penalty após fim de acordo com a Reebok, parceiro que também investe menos do que nos rivais. Tem média de público muito inferior à capacidade do estádio e não consegue gerar receita significativa a partir dos torcedores, mesmo com as conquistas do passado.

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