Em dia de 7 a 1, São Paulo faz quatro e goleia o Vasco no Mané Garrincha

Escrito por

Vasco x São Paulo era jogo para 4 a 4, 5 a 5, 4 a 3. O problema é que o ataque cruzmaltino não é lá muito chegado a gols e outra vez honrou o título de pior do Campeonato Brasileiro, com apenas cinco marcados. Dito isso, bastou o Tricolor fazer sua parte para deixar o Mané Garrincha, na noite desta quarta-feira, com uma goleada na bagagem e mandar a crise embora. O placar de 4 a 0 encerra a sequência de quatro jogos sem vencer dos paulistas, que se aproximam do G4 com 21 pontos, e colocam os cariocas ainda mais presos na zona do rebaixamento, com apenas nove.

Em dia de 7 a 1, em que se "celebra" um ano do vexame do Brasil para a Alemanha, o vascaíno lembrou com saudade de 25 de novembro de 2001. Naquele dia, a equipe carioca castigou o São Paulo com o placar emblemático de... 7 a 1. É, vascaíno, era dia de goleada. Mas com esse ataque...

O São Paulo começou voando e marcou com Pato aos 12 minutos. O gol no início trouxe a questão: há relação com o fato de a diretoria ter começado a pagar os três meses de direitos de imagem atrasados? Não se sabe. A única certeza é que os são-paulinos entraram em campo animados, inspirados, e a tabela de Centurión com Pato rendeu o primeiro grito de gol. Mas ainda dava para ser 7 a 1, né, vascaínos? Não dava...

Aos 17, Pato recebeu bola na esquerda, arrumou como quis e achou Michel Bastos sozinho, que só empurrou de cabeça para as redes. Aqui, vale um registro: ainda chegaremos ao ataque vascaíno, mas foi a defesa que deu mole para a vantagem tricolor. No primeiro gol, Serginho e Anderson Salles bateram cabeça. No segundo, ninguém chegou em Michel.

Irritado, Celso Roth resolveu arregaçar as mangas. Sacou o volante Lucas e colocou o atacante Rafael Silva. O Vasco melhorou e passou a incomodar o São Paulo. O próprio Rafael teve boa chance, mas Rogério Ceni defendeu. O Cruzmaltino terminou o primeiro tempo jogando melhor.

Mas o São Paulo de Juan Carlos Osorio voltou com tudo. No primeiro lance de ataque, aos três minutos, Centurión apareceu novamente. O argentino, que reclamou de jogar pouco no último domingo, contra o Fluminense, atuou centralizado no ataque e voltou a ter participação importante. Recebeu na frente da área, gingou na frente de Rodrigo e arrematou forte. Charles deu rebote e Wesley só completou: 3 a 0. O tento foi o primeiro do volante pelo Tricolor, em sua melhor atuação com a camisa do clube.

A sequência é inacreditável: Vamos a ela:
Dez minutos: Riascos recebe de Thalles, entra na cara de Ceni e bate para fora, no canto esquerdo. Treze minutos: Riascos recebe na frente de Ceni, corta a bola para o meio e bate para fora, no canto esquerdo. Inacreditável. Mas tem mais. Dezesseis minutos.

Thalles rouba a bola de Boschilia e lança Riascos, que entra cara a cara com Ceni. Precisa dizer? Bola por cima, pra fora. Inacreditável, certo? Que nada... No minuto seguinte, Andrezinho recebeu dentro da área, cortou a marcação e chutou para o gol, mas Toloi salvou em cima da linha. INACREDITÁVEL!

Bom, com essa sequência, o Vasco pediu para ser goleado. E, como quem não faz leva, e o Vasco não fez quatro, o São Paulo aproveitou para anotar mais um. No último minuto, Boschilia, após bate e rebate, empurrou para as redes. Castigo. Venceu quem gosta mais do gol.

FICHA TÉCNICA

VASCO 0 X 4 SÃO PAULO

Local: Estádio Mané Garrincha, em Brasília (DF)
Data-hora: 8/7/2015, às 22h
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS-Fifa)
Auxiliares: José Javiel Silveira (RS) e Eduardo Gonçalves da Cruz (MS)
Renda / público: R$ 1.274.000,00 / 15.812 pagantes
Cartões amarelos: Anderson Salles, Madson, Rodrigo (Vasco)
Gols: Alexandre Pato, 12'/1ºT (0-1); Michel Bastos, 18'/1ºT (0-2); Wesley, 3'/2ºT (0-3); Boschilia, 47'/2ºT (0-4)

VASCO: Charles; Madson, Anderson Salles, Rodrigo e Julio Cesar; Lucas (Rafael Silva - 27'/1ºT), Serginho, Guiñazú e Andrezinho; Riascos (Eder Luis - 18'/2ºT) e Gilberto (Thalles - intervalo). Técnico: Celso Roth.

SÃO PAULO: Rogério Ceni; Thiago Mendes, Rafael Toloi, Lucão e Reinaldo (Matheus Reis - 6'/2ºT); Rodrigo Caio, Wesley e Ganso (Boschilia - 13'/2ºT); Michel Bastos, Centurión e Alexandre Pato (Hudson - 18'/2ºT). Técnico: Juan Carlos Osório.

Siga o Lance! no Google News