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Dirigente do Coritiba critica imediatismo no futebol nacional


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Uma tarde de sexta-feira ensolarada no Rio de Janeiro. Um bate-papo informal no saguão de um hotel em Copacabana, próximo à praia. Um dia que tem a cara do despreocupado carioca. Entretanto, o celular do superintendente de futebol do Coritiba, Felipe Ximenes, não parava de tocar em nenhum momento. Mesmo com todas as ocupações, o dirigente do Coxa abriu uma brecha em sua atarefada agenda para falar, com exclusividade ao LANCE!Net, sobre temas quentes e recorrentes no futebol brasileiro: como o calendário, a frequência de lesões no Brasileirão, o equilíbrio do campeonato e os "vários fatores que tornam o esporte tão complexo".

A CBF divulgou o calendário dos clubes para 2014, com Estaduais começando logo no dia 12 de janeiro. Para Ximenes, por ser "ano de Copa, já se esperava algo do tipo". Quando perguntado a respeito da política adotada pelo arquirrival Atlético-PR de poupar os atletas principais e utilizar o time sub-23, e a possível consequência disso no decorrer da temporada - o Furacão é quarto colocado no Brasileirão, e tem ótimo preparo físico - o dirigente respondeu:

- Temos que ver a forma de disputa do Estadual, antes de mais nada. Há muitos fatores que influem para o sucesso de uma equipe. O futebol é muito complexo, afirmar que o calendário ou a pré-temporada são os fatores determinantes para que um projeto dê certo é cair no lugar comum. O Atlético trocou de treinador no meio do Brasileiro, e se não tivessem começado a vencer, diriam que a preparação de quase quatro meses seria a responsável por isso. Sempre se procura algo ou alguém para se jogar a responsabilidade - disse.

A respeito da recente má fase que vive o Alviverde, que ocupa a oitava posição no Campeonato Brasileiro no momento, o dirigente citou o equilíbrio na atual edição do torneio nacional, que "é nivelado por cima", e colocou em dúvida a dependência que o time tem de Alex.

- O Alex é um grande jogador, realmente diferenciado. Mas já vi jogos bons do Coxa sem o Alex, assim como já vi jogos ruins com ele em campo. Se eu dissesse no começo do Brasileiro que a pretensão do Coxa era chegar na oitava posição, diriam que está de bom tamanho. Hoje, com a campanha que fizemos até aqui, somos cobrados no Paraná por resultados melhores. No entanto, em matéria de investimento, o Coxa está atrás dos times do eixo Rio-São Paulo-Minas e dos dois grandes do Sul - comentou o Superintendente.

Consolidado no Coritiba, onde ganhou quase 20 títulos em três anos de casa - contando com as categorias de base -, Ximenes afirma que o trabalho está sendo feito para que o Coxa alce voos mais altos, mas critica a efemeridade que se faz presente no futebol.

- Neste esporte tudo muda da noite para o dia, são muitas variáveis. Não temos vontade de mandar o Marquinhos Santos (treinador do Coxa) embora por conta dos resultados recentes, mas há pressão externa, e gente querendo, inclusive, que eu saia também. Fazemos um trabalho sério aqui, ajo de acordo com os orçamentos. Para o Coritiba brilhar entre os gigantes do Brasil, precisa de um título em âmbito nacional - finalizou o dirigente.

O Coritiba enfrenta o Fluminense no Maracanã neste sábado, às 18h30, em confronto direto para se reaproximar do G4 do Campeonato Brasileiro.

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